Edinho Silva é eleito novo presidente nacional do PT
Filiado ao partido desde 1985, Edinho Silva foi coordenador da campanha do presidente Lula em 2002 e deputado estadual por São Paulo
O candidato Edinho Silva venceu o Processo de Eleição Direta (PED) do Partido dos Trabalhadores e será o novo presidente nacional. O anúncio foi realizado pelo senador Humberto Costa, presidente do PT, na sede da legenda, em Brasília, na noite desta segunda-feira (07).
O processo eleitoral ocorreu com tranquilidade em todo o país e os filiados puderam votar para eleger dirigentes municipais, estaduais e na chapa nacional. Até a noite desta segunda-feira, foram apurados 342.294 votos para a presidência do partido. Destes, 239.155 foram para Edinho, o que corresponde a 73% dos votos. Em segundo lugar, ficou Rui Falcão, com 36.279 votos (11,15%), em terceiro, Romênio Pereira, com 36.009 ( 11,06%) e em quarto, Valter Pomar: 14.006 votos (4,30%).
Em entrevista a comunicação do PT, formada pelo site do PT, Rádio PT, TvPT e redes sociais, Edinho destacou que o PED é um processo muito importante e que revela a grandeza do partido. "Estamos falando de um PED que vai passar de 400 mil filiados votando. Sem dúvida alguma, só um partido como o PT que pode realizar um número como esse. Quero agradecer muito ao Rui Falcão, Romênio Pereira e Valter Pomar que participaram comigo deste processo, criaram as condições para que a gente pudesse estar debatendo, dialogando com o partido, melhorando propostas. Agradecer a nossa militância, nossos filiados, que me deram este voto de confiança que farei de tudo para honrar. Sou muito grato ao presidente Lula também, pelo voto de confiança. Essa é uma missão que vai exigir muito e estou muito animado para cumpri-la", disse.
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Edinho também destacou que uma das bandeiras de sua gestão será a justiça tributária, além de ampliar a atuação do Partido dos Trabalhadores direto na base. "Quando se estabelece uma desoneração ad eternum, está penalizando quem compra o pãozinho, o arroz, o quilo do feijão. O Brasil só será justo quando a gente acabar com o privilégio e reduzir a desigualdade. E isso só será feito com a reeleição do presidente Lula… O PT tem que revigorar bandeiras históricas. Mais do que nunca o orçamento participativo é atual, os conselhos. O PT tem que entender que tem conselho municipal de saúde, de educação, de segurança alimentar, da diversidade e de combate ao racismo, conselho de cultura, esporte. Não podemos abrir mão de fazer a disputa das políticas públicas. Não pode abrir mão da luta pela universalização da educação integral, da segurança alimentar", disse.
Fim da escala 6X1Edinho destacou que o PT deve se voltar para pautas de grande importância para os trabalhadores, como o fim da exaustiva jornada 6X1, que penaliza os trabalhadores mais pobres e a adesão ao transporte público gratuito, que deve nortear as políticas públicas. "O PT tem que ser enfático com a redução da jornada do trabalho, fim da escala 6X1. Tem que ser enfático com um dos maiores problemas hoje que é o transporte público, que não é gratuito. Esse é o problema grave das cidades brasileiras. Temos que discutir uma forma de custear, pois se não for assim, nós não estaremos construindo uma sociedade justa e igualitária", afirmou.
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