Irritado com a operação da Polícia Federal que mirou seus aliados, o presidente da Câmara Federal, no auge da indignação, Arthur Lira (PP-AL), teria confessado a pessoas próximas e a integrantes do governo, que processaria a PF e a emissora de televisão CNN pelo vazamento de imagens e informações.

Em relação à ira envolvendo a Polícia Federal, conforme a coluna de Paulo Cappelli, do Metrópoles, Lira foi lembrado de que mais servidores de outros segmentos do funcionalismo público tiveram acesso à investigação.

A ação da PF, que teve apoio da Controladoria Geral da União, recebeu o nome de Operação Hefesto. O objetivo foi desarticular organização criminosa suspeita de fraude em licitação e lavagem de dinheiro para compra de kits de robótica com recursos do Ministério da Educação.

As fraudes e o superfaturamento, segundo a CGU, geraram prejuízo aos cofres públicos de R$ 8,1 milhões, além de sobrepreço, com fraude que pode chegar a R$ 19,8 milhões. Durante a operação, os policiais encontraram, ainda, grande quantia de dinheiro na casa de alvos, em Brasília e Alagoas.