A cirurgia robótica vive um momento de expansão nos solos brasileiros e com o aumento de fabricantes, deve haver redução de valores. Segundo hospitais que oferecem a técnica, consultados pela jornalista Fabiana Cambricoli, do jornal Estadão, o aumento da concorrência está permitindo queda de 30% a 50% no custo do procedimento para o paciente e deverá ampliar o número de estabelecimentos de saúde que realizam operações com auxílio de robô.

A primeira cirurgia robótica foi feita no Brasil há 15 anos. A tecnologia é utilizada como um auxílio aos médicos. Nos últimos cinco, o número de robôs cirúrgicos dobrou no país, passando de 51 em 2018 para 111. Com a expansão de aparelhos, o número de procedimentos feitos nos últimos cinco anos foi de 88 mil, volume 417% superior ao número de cirurgias feitas na primeira década de uso da técnica, que atingiu cerca de 17 mil operações.

Até o ano de 2022, somente a empresa americana Intuitive, representada no Brasil pela Strattner, fornecia robôs para o mercado hospitalar brasileiro, com a linha de equipamentos Da Vinci. Entre o ano passado e este ano, dois novos tipos de robô chegaram ao mercado brasileiro: o Versius, da britânica CMR Surgical, e o Hugo, da americana Medtronic.

A taxa de utilização do robôs costumava ficar entre R$ 7 mil e R$ 8 mil. Com os novos concorrentes, ela deverá cair para uma faixa entre R$ 3,5 mil a R$ 5 mil, segundo hospitais consultados pelo Estadão. A tecnologia tem benefícios principalmente em cirurgias urológicas e ginecológicas por aumentar o nível de precisão, reduzir o risco de complicações e sequelas e permitir uma recuperação mais rápida.