Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que aproximadamente 1 bilhão de pessoas convivem com transtornos mentais. Só no Brasil estima-se aproximadamente 18 milhões de pessoas com depressão, uma das doenças que mais acometem a população. Esses dados significativos são importantes para o segmento do diagnóstico laboratorial, em que hoje os seus resultados de exames apoiam cerca de 70% das decisões médicas.

Medir o cortisol, testosterona, vitamina D, entre outros são exames de grande importância na prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças mentais e que melhoram o bem-estar.

O biomédico, Marcus Machado, explica que o cortisol é essencial para o metabolismo, funções imunológicas e homeostáticas bem como no comportamento social. "Quando o cortisol está em níveis altos está mais relacionado aos estressores psicossociais e também a depressão, quando baixo, pode afetar aspectos cognitivos e comportamentais. Por isso, é um exame muito importante para avaliar e entender que quando os níveis estão elevados e reduzidos podem alterar tanto a saúde mental como o equilíbrio imunológico do paciente", esclareceu.

Conhecida por ser o principal hormônio masculino, a testosterona é identificada por ser responsável pela libido e pela potência sexual, ela exerce diversas outras funções no organismo, influenciando os níveis de energia, o humor e a saúde mental – aspectos que realmente são prejudicados quando suas taxas estão diminuídas. Porém, esses não são os únicos problemas causados pela testosterona baixa. Dessa forma, os níveis baixos do hormônio podem se manifestar tanto por meio de sintomas físicos quanto psicológicos e a depressão é um deles.

A vitamina D 25 OH exerce diversas funções no sistema nervoso central, é um hormônio que atua na regulação de neurotransmissores e pode aumentar os fatores neurotróficos, favorecendo toda a atividade cerebral. Ou seja, a suplementação dessa vitamina em pacientes com depressão pode levar à melhora dos sintomas da doença. "Além disso, a presença regular desse hormônio é capaz de reduzir as concentrações de mediadores inflamatórios associados à depressão. Inclusive, em algumas áreas encefálicas relacionadas a essa doença, encontram-se receptores para a vitamina D. Desse modo, a associação entre a deficiência desse nutriente com o desenvolvimento de transtornos depressivos pode ser diagnosticada", acrescentou o biomédico.

As possíveis causas dos transtornos incluem uma combinação de origens psicológicas, biológicas e sociais de angústia, porém não existe uma forma única de adoecimento mental da população. Por isso, alguns cuidados são necessários para manter a saúde mental em dia e a realização dos exames são imprescindíveis para auxiliar no diagnóstico e tratamento. Algumas dicas são valiosas como: praticar atividade física, manter uma alimentação saudável, se hidratar, ter um sono de qualidade, cuidar bem dos relacionamentos, se valorizar, estar em companhia de pessoas otimistas e que favoreça o bem estar.