Cortes com máquinas e quedas lideram casos de acidentes de trabalho em Feira, diz HGCA

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Cortes com máquinas e quedas lideram casos de acidentes de trabalho em Feira, diz HGCA

A Diretora Médica do HGCA, Dra. Hélvia Fagundes, reforçou a importância da identificação correta dos acidentes de trabalho 

Foto: Ascom/ HGCA

O Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), em Feira de Santana, sediou na última terça-feira (12) o Seminário de Atendimento aos Acidentes de Trabalho, promovido pelo Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE), em parceria com o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) e a Diretoria Médica da unidade. 

O encontro reuniu profissionais da saúde, gestores e representantes de órgãos públicos para debater os desafios e avanços no atendimento e notificação dos acidentes laborais. Durante o evento, a coordenadora do NHE, Ângela Carvalho, destacou os principais tipos de acidentes registrados no hospital. 

"Recebemos uma diversidade muito grande. Os mais comuns são os cortes com máquinas como makita, esmerilhadeira e serra circular. Também atendemos muitas vítimas de quedas de altura — de andaimes, telhados, escadas — além de casos de esmagamento, picadas de animais peçonhentos e até agressões físicas ocorridas no ambiente de trabalho", explicou.

Ângela ressaltou ainda o papel do hospital na notificação obrigatória desses casos ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), o que garante ao trabalhador o acesso a direitos como afastamento pelo INSS, indenizações e acompanhamento especializado. "A ficha de notificação é uma segurança para o paciente. Ela registra o acidente como relacionado ao trabalho e permite que ele tenha respaldo legal e acesso aos seus direitos", afirmou.

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A Diretora Médica do HGCA, Dra. Hélvia Fagundes, reforçou a importância da identificação correta dos acidentes de trabalho, especialmente em casos que envolvem outras ocorrências, como acidentes de trânsito. "É comum que esses casos não sejam notificados como acidentes de trabalho. Por isso, estamos promovendo esse diálogo com o CEREST e o Ministério Público do Trabalho para reduzir a subnotificação e garantir que nossa equipe esteja atenta a essa possibilidade", disse.

Dra. Hélvia também destacou a parceria entre o hospital e instituições como o CEREST e o Ministério Público do Trabalho, que permite identificar padrões e locais com maior incidência de acidentes. "A notificação é uma ferramenta de proteção e prevenção. Ela permite que sejam feitas intervenções em ambientes laborais que apresentem riscos aos trabalhadores", completou.

Representando o CEREST, o técnico Raimundo Mozart Silva esclareceu os direitos legais do trabalhador acidentado. "Se for celetista, ele tem direito ao benefício B91, que garante estabilidade de um ano após o retorno ao trabalho, além do depósito do FGTS. A comunicação de acidente de trabalho (CAT) é essencial para garantir esse e outros direitos", explicou.

Mozart também falou sobre a atuação do CEREST na fiscalização das condições de trabalho em hospitais e demais ambientes laborais. "Realizamos inspeções para verificar questões como iluminação, estrutura física e conforto dos trabalhadores, buscando sempre orientar e melhorar essas condições", afirmou. 

 

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Terça, 14 Outubro 2025

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