Crianças sofrem surto de nova virose em Feira de Santana
O surto de virose surpreendeu até mesmo as autoridades de saúde
Crédito: Divulgação
As crianças de Feira de Santana, assim como todo Brasil, foram acometidas nos últimos dias por um surto de Adenovírus, que faz parte de um grupo de vírus que normalmente causam doenças respiratórias, como resfriado, bronquite ou pneumonia. Em crianças, podem também atingir o trato intestinal. De acordo com especialistas, os sintomas podem variar de criança para criança, mas muitas mães têm relatado que crianças são diagnosticadas com o adenovírus e apresentam febre alta como sintoma comum. Entretanto, há relatos que o vírus também pode causar conjuntivite, diarreia e vômito.
O infectologista esclarece que o adenovírus é diferente da covid e também do influenza e que os sintomas podem variar para cada paciente. "Porque ele pode afetar tanto a parte respiratória do trato alto, quanto trato baixo, além do trato intestinal. Atendemos criança aqui só com diarréia causada pelo mesmo vírus do irmão que está gripado. A virose pode afetar também bexiga, podendo provocar cistite hemorrágica, onde uma criança pode eliminar sangue, não por infecção bacteriana e sim viral. É um vírus já conhecido, muito antigo, mas como qualquer outro, pode passar por mutações", alerta.
O médico salienta que há vários casos em que os familiares e demais adultos do círculo das crianças, chegam a apresentar sintomas ainda mais agressivos. "Síndrome gripal em crianças a gente sabe que vai afetar, principalmente nos menores, que não conseguem mobilizar secreção. Temos casos de crianças com 5 dias de febre com bastante congestão e isso impossibilita de dormirem, respirarem e precisam da gente para mobilizar essa secreção, nesse caso, há muita chance de internações", diz.
Igor salienta que como o adenovírus é um vírus respiratório, as mesmas recomendações do comportamento social com da Covid-19, devemos ter com o adenovírus. "Uso de máscaras, lavagem das mãos, distanciamento. Sabemos que o momento que vivemos hoje, da Covid-19, trouxe segurança para retirada de máscara, mas se existir sintomas tem que evitar sair de casa. A criança sintomática não deve ir a escola ou creche. Mesmo com o surto o pediatra explica que não há previsão de colapso no sistema de saúde local. "Não falamos em superlotação, mas sim em lotação. Tanto no HEC quanto em outros hospitais da cidade, bem como de outros estados da rede pública e privada".
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