Enfermeiro alerta sobre prevenção à sífilis na abertura do Outubro Rosa e Verde
Valterney Morais foi um dos palestrantes da campanha promovida pela Secretaria de Saúde
Durante a abertura da campanha Outubro Rosa e Verde, promovida pela Secretaria Municipal de Saúde na manhã desta quarta-feira (1º), o enfermeiro e professor Valterney Morais destacou a necessidade de dar maior visibilidade à sífilis, uma doença antiga, mas que continua desafiando a saúde pública.
"Ninguém vai deixar de falar do Outubro Rosa, já que o câncer de mama, depois do de pele, é o que mais mata mulheres no Brasil. Mas não podemos continuar sem falar da sífilis, uma doença conhecida há mais de um século e que ainda causa graves consequências", afirmou durante o evento realizado no auditório da Unef que reuniu profissionais da Atenção Primária à Saúde.
Segundo Valterney Morais, o agente causador da sífilis foi descoberto em 1905 e, desde a década de 1940, o tratamento com penicilina segue sendo utilizado sem registros de resistência da bactéria. Mesmo assim, os impactos permanecem preocupantes. "Ainda hoje, crianças morrem de sífilis, gestantes perdem seus bebês e muitas pessoas ficam cegas ou desenvolvem problemas neurológicos e cardíacos", alertou.
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O palestrante ressaltou que a discussão não pode ficar restrita ao calendário de campanhas. "Não é só no mês de outubro, é todo dia. A sífilis é tratável, curável, mas ainda envergonha a sociedade. E não é apenas no Brasil: países desenvolvidos também têm visto o crescimento de casos, justamente porque se deixou de falar sobre prevenção", disse.
Valterney também destacou o papel da rede municipal de Saúde no enfrentamento da doença. "A Secretaria de Saúde tem feito um trabalho brilhante, capacitando e atualizando os profissionais da Atenção Primária, que são a porta de entrada da população. Isso é fundamental, porque qualquer pessoa pode ter sífilis e precisa ser acolhida com informação, diagnóstico e tratamento", enfatizou.
Ele lembrou ainda que o teste rápido para sífilis está disponível gratuitamente na rede municipal. "A maioria dos pacientes não sente nada. Outros podem apresentar feridas na região genital ou manchas pelo corpo. É uma IST que precisa ser enfrentada com informação e prevenção", reforçou lembrando que o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita é celebrado no terceiro sábado de outubro.
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