Sindimed diz que não há proposta do governo para encerrar greve dos médicos
Paralisação foi iniciada à meia-noite desta quinta e atinge cinco unidades de saúde
O Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed-BA) rebateu, nesta quinta-feira (31), a declaração do governador Jerônimo Rodrigues (PT) sobre um suposto diálogo com a categoria para encerrar a greve dos médicos da rede estadual. Segundo a presidente do sindicato, Rita Virgínia, o governo baiano não apresenta propostas concretas há cerca de uma semana. "Desde então, seguimos sem nenhuma reflexão ou proposta do Governo", disse ela ao.
A greve foi iniciada à meia-noite desta quinta e atinge cinco unidades: Hospital Geral do Estado (HGE), Hospital Roberto Santos, IPERBA, Maternidade Tsylla Balbino e Maternidade Albert Sabin. Os médicos suspenderam os atendimentos eletivos, mantendo apenas os casos de urgência e emergência. Cerca de 850 a 980 profissionais aderiram ao movimento.
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A mobilização é motivada pelo fim do contrato entre a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), que permitia a contratação de médicos via CLT. Sem alternativa equivalente, os profissionais agora enfrentam a possibilidade de contratos via Pessoa Jurídica, sem direitos como 13º salário e licença-maternidade.
Segundo o governo do estado, a secretária de Saúde, Roberta Santana, lidera as negociações. Contudo, o Sindimed afirma que não houve nenhum avanço desde que a Sesab comunicou, na semana passada, a impossibilidade de novas contratações por CLT.
Para Rita Virgínia, a expectativa é que o governo reveja a decisão e preserve os vínculos trabalhistas dos médicos. "Esperamos que que o Governo se sensibilize, repense e disponibilize CLT para os médicos que estão listados para perder seus vínculos seguros para trocar por outros totalmente precarizados", concluiu.
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