O I.B.F. foi e continua sendo um exemplo para outras autarquias similares!

Em Busca da RazãoFeira de Santana

O I.B.F. foi e continua sendo um exemplo para outras autarquias similares!

EDITORIAL DA SEMANA

Crédito: Divulgação

Durante o curso da sua existência a autarquia desenvolveu invejável capacitação técnica agrícola, sem ingerência política na tomada de decisões, tanto assim, que não afetava diretamente no objetivo de incentivar a economia fumageira, principalmente na plantação e  distribuição da semente (matéria-prima) dos pés de planta (muda), entrega da terra a título de contrato de comodato e o fumo devidamente consignado, negócios jurídico avançado entre o I.B.F (autarquia) e o agricultor (arrendador), no mais elevado critério mútuo de justiça.

Convém salientar que o contato de "COMODATO" era celebrado entre o I.B.F. e o agricultor, mediante o fornecimento de terra arada e adubada (fertilizante de mamona), com fito exclusivo de estimular o agricultor o micro agricultor a laborar a terra, desenvolver-se, criar a família, na contrapartida o Estado se tornava produtor da matéria-prima (folha do fumo), essencial à industrialização de charutos, cigarros e cigarrilhas.

Para a produção deste produto final a folha de fumo, o I.B.F., contou ao longo de mais de 40 anos com pessoas abnegadas que conjuntamente com o grande e inesquecível são-gonçalense, MENININO DO CAMPO, sob o comando do inteligente e competente Diretor, o engenheiro Agrônomo, ANIBAL BENATHÁ LOPES, rasgaram trincheiras de trabalhos dedicados à produção da qualidade da matéria-prima, e ao lado do mencionado timoneiro, outras pessoas se revelaram portadoras como integrantes o passado do I.B.F., que hoje, escreveu a história desta passagem indelével como às senhoras: Joana Cazumbá, Maninha Mendes, Laura de Marcotina, Amância de Domingos Beijú, Cantídia Dias entre outas pessoas que também lavraram a terra e originaram o melhor fumo plantado na Bahia. 

Constata-se, pois, que a autarquia foi formada administrativamente em regiões autônomas, que, como em São Gonçalo foi constituída de pessoas quais as acima mencionadas demonstraram além da educação, esmero e autoestima ilimitada competência para cuidar e tratar da sementinha de fumo até a colheita das folhas como estivessem cuidando de uma criança recém-nascida. 

Apesar a economia começar com o fumo, hoje, a avicultura avança, constatando-se enormes armazéns de fumo completamente abandonados, às vezes, tomando quarteirões ou glebas terrestres. Aparentemente, não há relação econômica entre o passado e o momento atual, mas, certamente, não existe melhor retrato de transformação para o município de São Gonçalo, eis que, suas terras são férteis e agregadoras para o fumo e o frango. Os depósitos que armazenavam o fumo estão em ruínas, caracterizam o tempo em que o fumo exercia a supremacia econômica do município, mesmo a pecuária paralelamente se desenvolvendo. 

Nestes 50 anos, a agricultura fumageira caiu substancialmente, observando-se que a transformação não foi benéfica para a economia do município, vez que, não é absorvida a grande movimentação da mão-de-obra, com o plantio da semente, a plantação, a manutenção e cuidados para colher o fumo através da sua folha. O município teve grandes armazéns de compra, beneficiamento e venda para o mercado interno até exportação.  Atualmente registra-se a existência apenas do estabelecimento "TABARANA" pertencente ao grupo empresarial cubano, que se dedica a compra e beneficiamento para abastecer fábricas de charutos, tais como a "MENENDEZ & AMERINO.Assim os empresários da agricultura fumageira, assediaram os pequenos plantadores de fumo de modo que incorporaram o valor das terras de forma altamente significativo. 

Os charutos brasileiros, autenticamente cubanos fabricados em São Gonçalo dos Campos, têm em muitos burgueses norte americanos a satisfação de fumarem os fabricados nesta terrinha São Gonçalo dos Campos. Atualmente com o advento da nova cultura em nosso município, a avicultura mudou a vida de centenas de famílias desde 1997 há precisamente 22 anos, 

AVIPAL aqui se instalou e lidera as expectativas emergentes de emprego e sobrevivência oferecendo oportunidade de empregos melhores  e mais remunerados, sufocando as aspirações mais altruísticas dos originários da vocação, agrícola, pecuária e fumageira.  Não há como relegar ao canto do esquecimento, tampouco arquivar um passado histórico, sendo impossível contar a história de São Gonçalo dos Campos, sem remontarmos os 40 (quarenta) anos, do I.B.F.,

1º ) São Gonçalo dos Campos;
2º) Feira de Santana;
3º) Conceição da Feira;
4º) Cruz das Almas; e
5º) Irará.

Com a extinção da autarquia pioneira I.B.F., a autarquia CEPLAC, ficou em decadência que a cultura cacaucultora sofreu forte repercussão no âmbito de investimentos congêneres por parte do Estado. A extinção prematura do I.B.F. esmagou-se médios e pequenos agricultores ao afinal foi nele o embrião da produção fumageira (tabaco) e, durante anos o I.B.F. teve a sua estrutura delineada com a plantação hierárquica através de regiões para o funcionamento do seu desiderato que era o plantio, o cultivo e a colheita do fumo, e assim traçou a sua estrutura orgonogâmica em regiões municipais, que assim funcionaram: de crédito junto aos compradores (armazéns de fumo), principalmente o crédito financeiro (empréstimo), vinculado à safra-fator essencial para a receita anual. 

Temos a certeza de que este documento que nos foi enviado pelo velho amigo, Zequinha de Menininho, que conta com riqueza de detalhes parte da historia recente do nosso município, particularizando etapas pela qual se desenvolveu a economia local, que ele será guardado por todos aqueles que se sentiram comovidos por este resumo que nos foi presenteado por este são-gonçalense descendente de uma família das mais exemplares da cidade.

Por: Dr. Zequinha Mendes

 

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Sábado, 27 Abril 2024

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