Sobe o número de mortos em megaoperação no Rio; mais de cem
Ação contra o Comando Vermelho é considerada a mais letal da história da cidade
O número de mortos após a megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, pode ultrapassar 100 vítimas, segundo informações atualizadas na manhã desta quarta-feira, 29.
Entre a noite de terça-feira, 28, e a manhã de hoje, 54 corpos foram levados por moradores até a Praça São Lucas, no Complexo da Penha, um dia após a ação considerada a mais letal da história do Rio.
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O número oficial divulgado anteriormente era de 64 mortos, mas os novos corpos não estão incluídos nessa contagem, conforme confirmou o comandante da Polícia Militar do Rio à TV Globo. Ele afirmou, no entanto, que ainda não é possível confirmar se as mortes estão diretamente relacionadas à operação.
As vítimas foram retiradas de uma área de mata e levadas até a praça por moradores. Equipes da Defesa Civil estão no local para auxiliar na remoção dos corpos.
O Instituto Médico-Legal (IML) do Rio foi fechado temporariamente para receber apenas os corpos das vítimas da operação nesta quarta-feira. De acordo com a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), outros corpos que precisarem passar por necropsia serão encaminhados ao IML de Niterói.
Megaoperação
A operação, deflagrada na terça-feira, 28, prendeu mais de 80 suspeitos de integrar o Comando Vermelho (CV) e resultou na morte de pelo menos 64 pessoas, além de nove feridos, entre eles, três moradores e seis agentes de segurança (quatro policiais civis e dois militares).
Segundo a polícia, entre os mortos estão lideranças da facção de outros estados que se refugiaram na região. A ação contou com 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar e apoio do Ministério Público, no âmbito da Operação Contenção.
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