Após fuga de detentos, MP pede interdição do Conjunto Penal de Feira de Santana
Órgão ajuizou ação civil pública após constatar superlotação e deficiências estruturais na unidade prisional.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) ajuizou uma ação civil pública pedindo a interdição parcial do Conjunto Penal de Feira de Santana após sucessivas fugas. O pedido foi feito antes de 21 de outubro, quando três internos escaparam do presídio, um dos maiores do estado. A ação, movida pelo promotor Edmundo Reis, do Grupo de Atuação Especial em Execução Penal (Gaep), aponta superlotação e deficiências estruturais na unidade.
De acordo com informações da TV Subaé, o promotor alega que o objetivo não é o fechamento total do presídio, mas a suspensão da entrada de novos presos até que a capacidade e os serviços sejam regularizados. A unidade abriga mais de 2 mil detentos, embora tenha capacidade máxima para 1.250 vagas. O documento também destaca a falta de policiais penais, o que compromete a segurança e sobrecarrega os profissionais.
A possível interdição parcial pode impactar delegacias da região, que já enfrentam grande demanda.
Fuga de detentos
No dia 21 de outubro, três detentos fugiram do presídio. A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) informou que a fuga foi percebida às 8h30, quando agentes notaram que a grade da cela 29, no Pavilhão 10, havia sido violada.
Os fugitivos foram identificados como Daniel Costa Lima, 26 anos; Lucas Conceição dos Santos, 25; e Paulo Ricardo Santos da Silva, 24.
A direção acionou imediatamente as forças de segurança, que realizam buscas na região. A Polícia Civil informou que as polícias Civil, Militar e Técnica atuam juntas na recaptura e perícia do local.
O delegado João Uzzum disse que a cela apresentava defeito na grade, e a perícia vai apurar se o dano foi por falta de manutenção ou arrombamento.
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