Ajax demite jogadores por WhatsApp e redefine comando esportivo
Clube reage à crise com cortes duros e ruptura administrativa
O Ajax, tradicional gigante do futebol europeu, atravessa uma de suas fases mais turbulentas em 2025. Após perder o título da Eredivisie na última rodada e acumular quase três anos sem levantar taças, o clube holandês optou por uma reformulação profunda no elenco. Sete atletas foram comunicados via WhatsApp, num gesto que causou surpresa e desconforto, que não fazem mais parte dos planos para a próxima temporada. A decisão partiu do novo diretor esportivo Alex Kroes, numa tentativa clara de dar um basta à gestão anterior e restabelecer a competitividade do clube na Europa.
Tecnicamente, a estratégia do Ajax passa por enxugar o elenco e buscar equilíbrio financeiro, uma cartada que mistura pragmatismo e rigor administrativo. A exclusão dos jogadores das atividades diárias do time principal e a restrição ao uso das instalações reforçam um recado severo sobre profissionalismo e comprometimento. A situação expõe os efeitos colaterais de uma gestão anterior que gastou cerca de 120 milhões de euros em reforços sem o retorno esperado, muitos deles relegados ao banco ou emprestados, como Chuba Akpom e Carlos Forbs. Essa política desastrosa agora cede espaço a um modelo que preza pela austeridade e pela clareza no projeto esportivo.
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Para o futebol brasileiro, e em particular para a Bahia, essa situação serve de alerta sobre a necessidade de planejamento e gestão responsáveis. Embora à primeira vista o episódio pareça um capítulo estranho e distante, ele espelha problemas que clubes nacionais e regionais enfrentam com frequência, ainda que sem tamanha exposição midiática. A diferença está no método, enquanto o Ajax impõe medidas severas de forma direta, por aqui, muitos times preferem a dança das cadeiras com treinadores e jogadores, a famosa "dança da fumaça", que pouco resolve e atrapalha o desenvolvimento.
Olhando para o horizonte, 2025 pede lições claras. O Ajax mostra que não adianta jogar o lenço para o alto e remarcar reuniões se não houver firmeza para cortar o que não rende. No futebol baiano, urge superar o jeitinho e construir processos sólidos que não se abalem com a primeira tempestade. A lição holandesa, embora dura e por vezes cruel, é um convite para que os nossos clubes entendam que resultado começa na gestão, e não apenas em campo. Sem isso, fica difícil sonhar com voos mais altos.
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