Altair defende sirenes e protocolos contra raios no futebol

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Altair defende sirenes e protocolos contra raios no futebol

Ex-preparador do São Paulo quer normas mais firmes no Brasil 

📷 Reprodução: X (Twitter) - aspirantesSPFC

A Copa do Mundo de Clubes 2025 trouxe à tona um debate urgente: a paralisação de jogos por alertas de raios. Nos Estados Unidos, sirenes soam ao menor sinal de risco, tirando jogadores e torcedores do campo. Para Altair Ramos, sobrevivente de um raio em 1996, não há dúvida: o protocolo é essencial. "São vidas em jogo", defende quem viu a morte de perto e hoje coordena as categorias de base do São Paulo. O Brasil, líder mundial em incidência de raios, ainda engatinha em cuidados práticos.

Do ponto de vista técnico, Altair não vê prejuízo físico nas pausas. "A concentração, sim, pode ir por água abaixo", alerta. Para ele, a reativação muscular é simples; o desafio é manter os atletas mentalmente conectados após a interrupção. O preparador defende que os treinos precisam incluir esses cenários, como um contra-ataque bem ensaiado. "O jogo não avisa quando vai parar, mas a retomada precisa ser eficiente", diz, com a vivência de quem já comandou os bastidores de conquistas mundiais.

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O Brasil já carrega o fardo de estar no topo do ranking de descargas atmosféricas e acumula tragédias. Mesmo assim, a fiscalização ainda é frouxa como rede de pesca velha. Altair recorda que só depois da morte de Serginho, em 2004, os desfibriladores viraram obrigatórios. Em estados como São Paulo, há avanços, mas muitos gramados país afora continuam desprotegidos. O alerta climático nos estádios americanos precisa ecoar por aqui, sob pena de novas fatalidades.

Altair, com seu apito de plástico e memórias forjadas na marra, projeta um futuro de mais rigor e menos discurso. "Só papel não salva ninguém. Tem que fiscalizar, tem que treinar a evacuação", dispara. Para ele, o futebol brasileiro precisa incorporar de vez as sirenes nos centros de treinamento e nos estádios. "Cuidar dos meninos é cuidar do sonho deles. E sonho, meu amigo, não pode virar tragédia." A fala embala esperança, mas deixa a crítica pairando no ar como nuvem carregada.

 

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Quinta, 03 Julho 2025

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