Atlético-GO fere América-MG nos acréscimos e mantém acesso vivo
Coelho se afunda próximo ao Z-4 enquanto Dragão encosta no pelotão de cima
O Antônio Accioly foi palco de um daqueles roteiros que só a Série B de 2025 parece capaz de produzir. O Atlético-GO venceu o América-MG por 1 a 0, com gol de Lelê aos 49 minutos do segundo tempo, e emplacou a terceira vitória consecutiva. O resultado levou o Dragão a 41 pontos, oitavo colocado, a apenas cinco do G-4. Já o Coelho, estacionado nos 30 pontos, manteve-se em 16º e viu a ameaça da zona de rebaixamento se aproximar de forma concreta, em uma campanha que soma mais frustrações do que sinais de reação.
O duelo foi tenso e equilibrado. O América explorou velocidade pelos lados e exigiu boas intervenções do goleiro Paulo Vítor, principalmente na cabeçada de Júlio César no primeiro tempo. O Atlético, armado em um 4-3-3 disciplinado, demorou a se impor, mas mostrou maturidade para resistir às investidas mineiras. Quando as forças pareciam esgotadas, Mozart apostou em Lelê como referência móvel no ataque e foi premiado no limite do relógio. A jogada, revisada pelo VAR, coroou a insistência rubro-negra em cruzamentos e escancarou a fragilidade defensiva do América em momentos decisivos.
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O gol tardio mexe com os dois lados da tabela. O Atlético-GO mantém viva a esperança de acesso e, embalado, encara o clássico contra o Goiás com a confiança de quem transformou instabilidade em fôlego competitivo. O América, em contrapartida, volta a flertar perigosamente com o Z-4 e terá confronto direto contra o Volta Redonda como partida de sobrevivência. A sequência não perdoa erros: a margem para recuperação é curta, e a matemática começa a pesar sobre Belo Horizonte.
Mais do que um triunfo isolado, o Atlético mostrou que possui recursos para sonhar alto, desde que consiga consistência fora de Goiânia. Já o América confirma a sina de time que se complica mesmo quando tem posse e cria volume. Faltou eficiência, sobrou desespero. O Dragão virou protagonista de uma arrancada, enquanto o Coelho, se não reagir de imediato, corre o risco de transformar um ano de expectativa em narrativa de queda anunciada.
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