Fluminense eliminado em casa pelo Lanús em noite de colapso tático
Time carioca vacila no Maracanã, empata, e vê argentinos avançarem tranquilos
O Maracanã, que tantas vezes serviu de palco para noites de glória, testemunhou nesta terça-feira mais uma página melancólica do Fluminense. Apesar de abrir o placar com Canobbio e reacender a esperança, o time de Renato Gaúcho não sustentou o ímpeto, cedeu o empate a Aquino e ficou pelo caminho na Copa Sul-Americana. O agregado de 2 a 1 para o Lanús confirmou a queda tricolor e abriu espaço para a euforia argentina, que agora se projeta na semifinal contra Universidad de Chile ou Alianza Lima. A confusão nas arquibancadas, que atrasou em vinte minutos o segundo tempo, apenas reforçou a sensação de desordem em uma noite que terminou com sabor de frustração.
Do ponto de vista técnico, a equipe brasileira repetiu um padrão já visto em 2025: posse de bola alta, mas pouca profundidade. Foram 62% de domínio territorial e 624 passes trocados, porém com finalizações previsíveis e marcadas pela ansiedade. O Lanús, menos vistoso, mostrou-se pragmático. A marcação encaixada em Cano e a leitura precisa de Pellegrino minaram as alternativas ofensivas tricolores. Quando a bola parava em Everaldo ou Acosta, as jogadas careciam de continuidade. O gol argentino, construído em falha coletiva de posicionamento, expôs a fragilidade defensiva que se repete desde o início da temporada.
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A eliminação em pleno Maracanã amplia a crise de confiança do elenco e pressiona a diretoria em meio a um calendário já congestionado. A torcida, que lotou o estádio esperando reação continental, saiu com a certeza de que o projeto atual não tem entregado resultados internacionais à altura. Com o Brasileirão ainda em disputa e a Copa do Brasil em fase decisiva, a queda na Sul-Americana pode se transformar em divisor de águas. A comparação com rivais diretos, que seguem vivos em torneios paralelos, intensifica a cobrança sobre o comando técnico e sobre as lideranças do grupo.
É inevitável reconhecer: o Fluminense de Renato Gaúcho ainda não encontrou equilíbrio entre posse e contundência. A insistência em cruzamentos aleatórios e a dificuldade de recuperar intensidade após o intervalo soam como sintomas de um time que, apesar da experiência, continua vulnerável em momentos decisivos. A eliminação para o Lanús, adversário competitivo, mas sem brilho, expõe uma verdade incômoda. Em 2025, o Tricolor segue refém de sua própria irregularidade, e enquanto não ajustar os mecanismos coletivos, o Maracanã continuará recebendo mais lamentos do que celebrações.
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