Raphinha cai no pódio e Dembélé domina a Bola de Ouro 2025
Brasil fora do top três confirma distanciamento técnico no futebol mundial
Ousmane Dembélé foi eleito o melhor jogador do mundo em 2025, coroado pela revista France Football em Paris. O atacante do Paris Saint-Germain superou o prodígio Lamine Yamal, do Barcelona, e o português Vitinha, também do PSG. O Brasil, que havia flertado com a hegemonia recente através de Vini Jr., assistiu a Raphinha terminar em quinto lugar e ao próprio Vinícius, vice em 2024, despencar para a 16ª posição. No feminino, a supremacia espanhola se repetiu com Aitana Bonmatí, enquanto Marta ficou em 12º e Amanda Gutierres, em 21º.
A lista traduz um deslocamento de poder. A França emplacou quatro nomes entre os dez primeiros, com destaque para Hakimi e Doué, ambos do PSG, além de Salah e Palmer confirmando a força da Premier League. O Brasil, apesar da consistência de Raphinha em La Liga, careceu de títulos de peso. Já Vini Jr. viveu temporada oscilante no Real Madrid, marcado por lesões e pelo protagonismo dividido com Mbappé. O júri premiou regularidade e impacto em decisões, fatores nos quais os brasileiros ficaram aquém.
📱 FEIRA DE SANTANA NOTÍCIAS 24H: Faça parte do canal do Folha do Estado no WhatsApp
As consequências não se limitam ao simbolismo individual. Desde 2015, o país contabiliza oito presenças no top-10, mas não consegue colocar um atleta entre os três primeiros desde Neymar, em 2017. O contraste é ainda mais visível no futebol feminino, em que Marta segue reverenciada, mas sem força competitiva para rivalizar com a nova geração espanhola. O Brasil se vê diante de uma década que, salvo exceções, ameaça ser lembrada mais pela nostalgia do que pela afirmação em prêmios de elite.
A leitura crítica não é simples. É cômodo culpar a "falta de reconhecimento europeu", mas o fato é que, em 2025, o Brasil já não dita tendências técnicas nem exerce domínio tático nos clubes de ponta. Raphinha e Vini Jr. são talentos notáveis, porém insuficientes para reposicionar o país no topo. Enquanto franceses, espanhóis e ingleses se consolidam como protagonistas da era pós-Messi e Cristiano, o futebol brasileiro parece confortável em aplaudir de longe. É uma escolha cara para quem se habituou a ser referência.
📱 Acesse o nosso site RadioGeral e TVGeral
📲 Nos acompanhe também nas redes sociais:
Comentários:
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.