Bahia domina Flamengo com raça e renova briga pelo G-4 nacional

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Bahia domina Flamengo com raça e renova briga pelo G-4 nacional

Com dois expulsos, Rubro-Negro cai em Salvador e perde liderança para o Palmeiras

📷 Reprodução: X - ecbahia

Em uma tarde de afirmação na Arena Fonte Nova, o Bahia encerrou um jejum incômodo de 12 confrontos sem vencer o Flamengo. O triunfo por 1 a 0, neste domingo, pela 27ª rodada do Brasileirão, reconfigurou o equilíbrio de forças na parte alta da tabela. Com o resultado, o time de Rogério Ceni saltou para a quinta colocação, igualando em pontos o Botafogo, e reaproximando-se do grupo da Libertadores. O gol solitário de Willian José, ainda no primeiro tempo, premiou a organização e a intensidade de um Bahia que soube transformar a vantagem numérica — após a expulsão precoce de Danilo — em domínio territorial.

A partida escancarou contrastes técnicos e táticos. Enquanto o Bahia estruturou sua superioridade num bloco alto disciplinado, pressionando a saída adversária, o Flamengo, reduzido a dez homens desde os 12 minutos, perdeu referências de sustentação. A recomposição improvisada de Filipe Luís, ao recuar Pedro para recompor a defesa, comprometeu o equilíbrio ofensivo. Mesmo assim, o Rubro-Negro ainda encontrou fôlego com Arrascaeta e Lino, que exigiram boa intervenção de Ronaldo. O Bahia, por sua vez, impôs um ritmo cadenciado e inteligente: Jean Lucas comandou o meio-campo com precisão vertical, Everton Ribeiro dosou experiência e Tiago, em movimento de ruptura, articulou a jogada do gol que selou o controle emocional do confronto.

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A vitória tem peso simbólico e prático. Ao encerrar um tabu histórico, o Bahia reafirma sua evolução sob Ceni, transformando um elenco antes irregular em equipe competitiva contra os líderes. O resultado recoloca o Esquadrão na zona de disputa direta por vaga continental, além de reanimar o ambiente interno em plena reta decisiva. No lado oposto, o Flamengo, ultrapassado pelo Palmeiras, volta a se deparar com seus próprios vícios: dependência criativa de Arrascaeta, fragilidade mental em jogos tensos e uma defesa vulnerável às transições. A nova derrota expõe o desafio de resiliência de um elenco que, embora estrelado, ainda oscila sob pressão.

Mais que um triunfo isolado, o Bahia deu uma lição de pragmatismo e espírito competitivo. Ceni, por vezes contestado, conduziu um plano tático sem excessos, pautado por ocupação racional dos espaços e leitura madura de contexto. O Flamengo, em contrapartida, precisa revisar sua autossuficiência. O discurso de "liderança natural" cai por terra quando a equipe se desorganiza diante da adversidade e perde o controle emocional com dois expulsos. A Fonte Nova assistiu, enfim, à inversão de papéis: um Bahia lúcido, paciente e consciente de sua força, diante de um Flamengo que, entre o talento e o temperamento, escolheu o erro.

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Terça, 11 Novembro 2025

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