Bahia enfrenta desgaste extremo na temporada
Agenda intensa reduz margem de recuperação
O Bahia chega às últimas semanas de 2025 como o clube mais exigido fisicamente no futebol brasileiro, situação refletida nos 78 jogos disputados até agora e na perspectiva de encerrar o calendário com 80 partidas. O levantamento do Gato Mestre indica que o Esquadrão tem a menor média de descanso da Série A, com pouco menos de 6 mil minutos entre um jogo e outro, o equivalente a cerca de quatro dias de repouso. O dado isola o clube na base do ranking e reforça o acúmulo imposto por calendário que contemplou Copa do Nordeste, Baiano, competições eliminatórias e Campeonato Brasileiro em sequência.
A estrutura física da equipe tem sido pressionada por períodos curtos de recuperação, já que a média inferior a seis mil minutos afeta diretamente a capacidade de regeneração muscular. O impacto é perceptível na variação de intensidade ao longo dos jogos, especialmente quando o Bahia atravessa semanas com viagens longas e demanda tática elevada. As janelas estreitas entre partidas obrigam a comissão técnica a reduzir microciclos de treino e ajustar decisões de escalação para limitar riscos de lesões, o que interfere no padrão de jogo diante de adversários que preservam maior tempo de preparação.
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A continuidade desse ritmo tende a influenciar o planejamento para 2026, já que a diretoria terá de ponderar estratégias para mitigar o desgaste em um cenário que seguirá competitivo. O acúmulo atual pode repercutir no estado físico de atletas fundamentais, afetar o início da próxima temporada e pressionar a necessidade de um elenco mais numeroso. O clube também aparece no Top 5 histórico de menor média de descanso no Brasileirão, o que ilustra padrão que vai além de um único ano e indica recorrência que demanda intervenção estrutural.
A temporada escancara limitações de um calendário que favorece volume e compromete qualidade. O desempenho do Bahia dentro de campo é condicionado por sequência desgastante que desafia limites fisiológicos e estratégicos. Cabe ao clube transformar a leitura desses números em ação, com política esportiva que proteja atletas e favoreça rendimento sustentável. A agenda pesada não pode ser tratada como fatalidade, mas como alerta claro de que competitividade exige tempo, método e preservação.
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