Botafogo encara desafio global e sonha com protagonismo
Estreante no novo formato, Alvinegro mede forças com gigantes
O Mundial de Clubes 2025, reformulado pela FIFA, colocou o Botafogo num grupo de respeito: PSG, Atlético de Madrid e Seattle Sounders. Classificado como "pode surpreender" pelo guia técnico, o Glorioso chega à competição embalado por boas campanhas recentes, mesmo com limitações evidentes em relação ao elenco. A pontuação 26 no ranking é reflexo de uma equipe que, apesar de não ser favorita, carrega expectativa – tanto pelo seu peso histórico quanto pelo desempenho competitivo que apresentou no futebol brasileiro e sul-americano nos últimos dois anos.
Tecnicamente, o time de Artur Jorge aposta num jogo coletivo sólido e num meio-campo combativo, comandado por Tchê Tchê e Marlon Freitas. A chegada de Luiz Henrique foi um reforço de impacto, trazendo profundidade e improviso. No entanto, o sistema defensivo ainda oscila, especialmente diante de ataques com mobilidade, como o que encontrará frente ao PSG de Mbappé e companhia. O desafio tático será sobreviver sem a bola e aproveitar ao máximo os espaços em transição. Um modelo de jogo reativo, mas que exige precisão cirúrgica para ser eficaz nesse nível.
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Para o torcedor botafoguense, ver o time disputar um Mundial – ainda mais neste formato inchado – tem sabor de redenção. Após décadas de ostracismo internacional, o clube volta a figurar entre os grandes da bola. Em tempos idos, o Botafogo era celeiro de craques e presença constante nos debates sobre os melhores do mundo. Em 2025, ainda longe daquele prestígio, o time pisa em gramados de elite buscando reescrever sua narrativa. O futebol carioca, por extensão, respira um pouco mais forte com essa oportunidade.
É claro que a missão é ingrata. Mas se há algo que o Botafogo ensinou nos últimos anos foi a sua capacidade de surpreender quando menos se espera. O time precisa ser mais do que eficiente: tem que ser obstinado. E, como se diz por aqui, "é no aperto que o feijão engrossa". O Mundial é vitrine, mas também provação. E o Glorioso, que já foi escola de futebol e orgulho nacional, tem a chance de mostrar que o passado pode, sim, inspirar o futuro.
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