Ceni e seu tabu desafiam desespero do Vitória
Invencibilidade do técnico tricolor testa a urgência rubro-negra no Barradão.
O clássico Ba-Vi de número 504, nesta quinta-feira no Barradão, se desenha sobre um roteiro de extremos. De um lado, o Bahia de Rogério Ceni, embalado pela quinta colocação no campeonato e por um retrospecto pessoal avassalador de seu comandante, que jamais foi derrotado por Jair Ventura em cinco confrontos. Do outro, o Vitória do próprio Ventura, mergulhado na zona de rebaixamento e pressionado pela necessidade de um resultado transformador.
O histórico do confronto entre os treinadores revela uma clara assimetria estratégica. As equipes de Ceni, com um saldo de 14 gols marcados e apenas quatro sofridos, impuseram um domínio ofensivo que as defesas de Ventura raramente conseguiram conter. A tendência aponta para um Bahia que buscará o controle da posse e a agressividade vertical, testando a capacidade do sistema defensivo do Vitória, que precisará de uma organização tática impecável para anular a superioridade do rival e explorar os espaços em contra-ataques.
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O resultado no Barradão projeta consequências de pesos distintos. Para o Bahia, uma vitória significa a consolidação de sua campanha na elite da tabela, reforçando a candidatura a uma vaga na Libertadores. Para o Vitória, os três pontos são uma questão de sobrevivência, um resultado vital para escapar da zona de rebaixamento e injetar confiança em um elenco pressionado. A manutenção da invencibilidade de Ceni ou a quebra do tabu por Ventura terá um impacto psicológico que transcenderá a pontuação na tabela.
Ainda que a mística dos clássicos sugira um cenário de imprevisibilidade, os números e os momentos atuais criam um favoritismo nítido para o Bahia. O confronto é mais do que um duelo tático, é um teste de resiliência para o Vitória e de afirmação para o Bahia. A pressão recai quase integralmente sobre os ombros de Jair Ventura, que não enfrenta apenas um rival em fase superior, mas também o peso de seu próprio histórico desfavorável. O Barradão será o palco onde a lógica tentará se impor à paixão.
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