Corinthians mantém Nike e amplia ganhos para próxima década
Novo contrato garante cifras milionárias e fortalece identidade alvinegra
O Corinthians sacramentou, nesta terça-feira (24), a renovação de contrato com a Nike por mais dez anos, pondo fim às especulações sobre uma possível parceria com a Adidas. O novo acordo prevê R$ 59 milhões anuais, com projeção total que pode alcançar R$ 1,3 bilhão até 2036, somando prêmios e bônus variáveis. O presidente interino, Omar Stabile, assegurou as chamadas "melhores entregas", exigência antiga da torcida, que cobra qualidade e agilidade nas linhas oficiais do Timão.
Na análise prática, a renovação resolve um imbróglio jurídico que rondava o Parque São Jorge. A Nike havia acionado uma cláusula de renovação automática, mas o clube contestava a validade do documento. Com o novo trato, o Corinthians evita uma batalha na Justiça e ainda conquista maior autonomia comercial. A empresa norte-americana aceitou, por exemplo, flexibilizar os ganhos sobre produtos licenciados com marcas parceiras, algo que antes apertava as contas do clube como prego em barra de sabão.
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Regionalmente, este contrato coloca o Corinthians num patamar isolado no mercado brasileiro. Desde 2003, a Nike veste o Timão, numa relação que resistiu a crises e flertes com concorrentes. No Nordeste, os acordos mais robustos ainda giram em patamares modestos quando comparados ao gigante paulista, que já é visto como referência por clubes baianos que sonham com esse tipo de exposição internacional. Lembrando que, em 2026, Atlético-MG e Vasco também estarão sob o guarda-chuva da marca, mas o Corinthians segue sendo o principal ativo da fornecedora no país.
O passo dado pelo Timão é acertado, mas exige vigilância. Receber cifras milionárias é alvissareiro, mas transformar essa renda em reforços competitivos e estrutura sólida será o verdadeiro desafio. O Corinthians já viu dinheiro evaporar no ar, como fumaça de feira, quando não havia planejamento. Com o futebol globalizado e as vitrines cada vez mais exigentes, manter o prestígio comercial precisa andar junto com o desempenho esportivo. No fim das contas, contrato se assina com a caneta, mas a história se escreve no campo.
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