O Corinthians confirmou sua vocação para noites épicas. Em partida equilibrada e de forte carga emocional, as Brabas empataram por 1 a 1 com a Ferroviária no tempo normal e venceram por 6 a 5 nos pênaltis, garantindo vaga na final da Libertadores Feminina. A goleira Nicole foi a heroína da classificação ao defender a cobrança decisiva de Fátima Dutra, selando a presença corintiana em mais uma decisão continental, agora diante do Deportivo Cali, no sábado.

Em campo, o Corinthians apresentou o controle habitual de posse e intensidade ofensiva. O gol de Mariza, em cabeceio após falta cobrada por Andressa Alves, coroou a superioridade territorial do primeiro tempo. A Ferroviária reagiu com valentia, apostando em transições rápidas e na força física de Raquel para explorar os espaços nas costas da defesa. No entanto, a diferença esteve na gestão emocional. O time de Arthur Elias soube manter o padrão coletivo mesmo sob pressão, enquanto a equipe de Araraquara oscilou entre a coragem e a precipitação.

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A classificação mantém o Corinthians como potência absoluta do continente. Dono de cinco títulos da Libertadores, o clube paulista chega à sexta final com a chance de conquistar o tricampeonato consecutivo e reafirmar sua hegemonia técnica e estrutural. A Ferroviária, por sua vez, se despede com dignidade, mas carrega a frustração de ter novamente parado em sua principal rival.

O triunfo corintiano é mais do que uma vitória nos pênaltis. É a tradução de um projeto maduro, que alia metodologia, elenco experiente e uma mentalidade inabalável em decisões. Enquanto a América se acostuma a ver o Corinthians no topo, a pergunta que resta é se alguém, em algum momento, será capaz de destronar as Brabas.

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