Criciúma impõe autoridade e deixa Chapecoense em queda preocupante
Tigre reassume protagonismo, Verdão perde invencibilidade longa e sofre abalo moral
O domingo em Criciúma não foi apenas de festa regional, mas de afirmação nacional. Diante de mais de quinze mil torcedores no Heriberto Hülse, o Tigre venceu a Chapecoense por 2 a 0 e subiu para a terceira posição da Série B, ultrapassando justamente o rival. Rodrigo abriu o placar com um toque de letra aos nove minutos, e Nicolas ampliou pouco depois, em cabeceio certeiro. A vitória encerrou a série invicta de dez jogos da Chape e reforçou a escalada carvoeira, que soma quatro triunfos em cinco partidas e consolida presença no grupo de acesso.
Do ponto de vista técnico, a partida expôs contrastes claros. O Criciúma aplicou intensidade inicial, aproveitou bolas paradas e depois administrou o ritmo com disciplina defensiva, sustentada por Alisson em tarde segura. A Chapecoense, que vinha sustentando campanha sólida baseada em compactação, sofreu com a expulsão de Gabriel Inocêncio e mostrou fragilidade criativa, limitada a tentativas isoladas sem coordenação. O modelo de Gilmar Dal Pozzo, eficiente em jogos controlados, revelou-se vulnerável quando obrigado a propor mais.
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As consequências do resultado vão além da tabela. A vitória recoloca o Criciúma como candidato robusto ao acesso em 2025, sobretudo por mostrar maturidade em clássico direto. Para a Chapecoense, a derrota carrega peso simbólico: a invencibilidade longa se quebrou em confronto estadual, retirando confiança e abrindo margem para questionamentos internos. A sequência da competição exigirá respostas rápidas para não transformar a queda pontual em curva descendente.
O desfecho reforça uma lição antiga do futebol brasileiro: invencibilidade não é escudo permanente. A Chapecoense, ao ceder espaços e perder a cabeça em momentos cruciais, deu sinais de instabilidade que não condizem com ambições de elite. Já o Criciúma, pragmático e letal, mostrou que o acesso se constrói com capacidade de decisão em jogos grandes. Se mantiver essa postura, o Tigre não será apenas um postulante, mas um protagonista declarado da Série B.
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