Corinthians vacila duas vezes e Cruzeiro mantém decisão totalmente aberta
Final ganha intensidade após empate vibrante com público recorde no Independência
O Independência viveu uma noite de afirmação para o futebol feminino brasileiro. Diante de 19.175 torcedores, número que estabelece novo recorde em Minas Gerais, Cruzeiro e Corinthians empataram por 2 a 2 no jogo de ida da final do Campeonato Brasileiro. O Timão esteve à frente duas vezes, com gols de Gi Fernandes e Gabi Zanotti, mas a Raposa respondeu de imediato com Marília e Isabela, garantindo que a decisão siga em suspenso para São Paulo.
No plano tático, a partida expôs virtudes e fragilidades de ambos os lados. O Corinthians impôs intensidade pelo meio, com Vitória Yaya sustentando o ritmo e Zanotti articulando o jogo, mas sua defesa mostrou vulnerabilidade nas jogadas aéreas e de transição. O Cruzeiro, por sua vez, alternou momentos de compactação eficiente e ousadia ofensiva, encontrando nos cruzamentos a chave para desestabilizar a marcação adversária. O 3-4-3 paulista sofreu para controlar as investidas laterais mineiras, sobretudo após os 30 minutos do segundo tempo.
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O empate projeta uma volta de tensão máxima na Neo Química Arena. Com qualquer vitória valendo o título e o pênalti como desfecho em caso de nova igualdade, Corinthians e Cruzeiro entram em campo com margens mínimas para erro. O Timão terá o fator casa, mas a Raposa leva a confiança de ter suportado a pressão e respondido à altura. Mais do que o placar, o duelo confirmou a ascensão do produto: recorde de público, transmissão massiva e narrativa esportiva à altura de uma final nacional.
Resta observar se o Corinthians conseguirá transformar posse e volume em efetividade, ou se continuará refém de lapsos defensivos que custam caro em finais. O Cruzeiro, por outro lado, precisa lidar com a transição rápida do rival sem abrir espaços fatais. A sensação, contudo, é de que a igualdade não foi apenas no placar: há equilíbrio real entre os elencos, e talvez essa seja a melhor notícia para um torneio que em 2025 atinge maturidade inédita.
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