David Luiz nega acusações e desafia credibilidade de denúncia grave
Ex-zagueiro contesta ameaças relatadas e justiça avalia versão apresentada
A denúncia contra David Luiz, registrada na 2ª Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza, alcançou repercussão imediata nesta segunda-feira. A assistente social Francisca Karollainy Barbosa Cavalcante acusa o ex-defensor do Fortaleza de perseguição e ameaça, apresentando mensagens que teriam sido enviadas por ele via Instagram. A Justiça cearense já concedeu medida protetiva à denunciante, que afirma temer pela própria segurança e chegou a mencionar o caso Eliza Samudio como referência de risco.
No plano da narrativa pública, o jogador reagiu com rapidez. Em vídeo divulgado nas redes sociais, negou qualquer encontro com Karollainy, apresentou documento de hotel que atestaria ausência de estadia e admitiu apenas a troca de mensagens virtuais. O discurso de defesa tenta reposicionar a história como mal-entendido ampliado por desconfianças digitais, mas esbarra na gravidade das palavras atribuídas a ele: ameaças de sumiço e de retaliação ao filho da denunciante. Para um atleta que construiu carreira em clubes de elite europeus, a batalha já não se trava em campo, mas na arena da credibilidade.
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As consequências jurídicas e esportivas são significativas. A medida protetiva marca o primeiro desdobramento concreto, mas investigações da Polícia Civil podem resultar em ação penal, com impacto direto sobre a imagem de David Luiz em um momento em que ex-jogadores buscam espaço em mídia, direção de clubes ou carreira política. Paralelamente, o episódio reforça um debate recorrente no futebol brasileiro: a dificuldade de separar ídolo esportivo de cidadão sujeito às mesmas responsabilidades legais.
Como observador de décadas de vestiário e tribunais desportivos, arrisco uma leitura crítica: a velocidade com que atletas recorrem a vídeos nas redes para contestar acusações costuma revelar mais desespero do que transparência. O caso exige provas robustas, mas já ensina algo incômodo: a cultura de poder e dinheiro ainda é percebida como escudo por parte de jogadores. No Brasil de 2025, com opinião pública cada vez mais intolerante a privilégios e a violência contra mulheres, qualquer deslize fora de campo é julgado não apenas pela Justiça, mas pelo tribunal implacável da sociedade conectada.
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