Ferroviária elimina Internacional em Porto Alegre e cala estádio lotado
Vitória fora de casa expõe fragilidade colorada e reforça peso do projeto grená
A Ferroviária segue desenhando sua trajetória de clube mais competitivo do interior paulista no futebol feminino. Nesta quinta-feira, no Estádio Francisco Novelletto, venceu o Internacional por 2 a 0 e assegurou vaga nas semifinais da Copa do Brasil Feminina. Os gols de Sissi, no fim do primeiro tempo, e de Nat Vendito, já na etapa final, consolidaram um triunfo construído com disciplina tática e frieza diante de uma equipe que, até então, sustentava favoritismo pela campanha estadual.
Tecnicamente, a Ferroviária mostrou uma organização que neutralizou as principais conexões coloradas. O meio-campo gaúcho, dependente da criatividade de Belén Aquino, foi abafado pela compactação grená, que impediu progressões pelo centro e forçou o Inter a buscar cruzamentos pouco produtivos. Com linhas próximas e boa coordenação defensiva, a equipe paulista fez do contra-ataque sua arma, explorando os espaços deixados por uma defesa desajustada e vulnerável em bolas aéreas.
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O resultado altera cenários. A Ferroviária, já campeã nacional em outras ocasiões, se projeta novamente como candidata real ao título, fortalecendo um projeto que há anos aposta em estrutura e continuidade. Do lado colorado, a eliminação precoce coloca pressão sobre dirigentes e comissão técnica, sobretudo em 2025, quando o clube tenta afirmar protagonismo no cenário feminino. A temporada ainda pode render títulos estaduais, mas a queda em casa evidencia limites competitivos.
O placar em Porto Alegre simboliza mais que uma classificação. Expõe, de um lado, a maturidade de uma Ferroviária que sabe jogar torneios eliminatórios, e de outro, a imaturidade de um Internacional que ainda oscila entre promessas e realizações. Em jogos únicos, não basta volume de posse ou gritos das arquibancadas. É preciso eficiência, e isso o time grená demonstrou com sobras. O futebol feminino brasileiro ganha com esse choque de realidades: projetos consistentes seguem avançando, enquanto clubes que tratam a modalidade de modo secundário descobrem, da pior maneira, o preço da negligência.
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