Filipe Luís encanta a Europa e lidera Flamengo no Mundial
Técnico vence três títulos em menos de trinta partidas oficiais
O Flamengo inicia sua caminhada na Copa do Mundo de Clubes 2025 nesta segunda-feira (16), às 22h, diante do Espérance, com os olhos do mundo voltados para o banco de reservas. Filipe Luís, ex-lateral da seleção e hoje treinador rubro-negro, virou manchete no jornal espanhol AS, que destacou o feito pouco comum: conquistar três títulos em apenas 24 jogos no comando técnico. Com um aproveitamento de 81% em 31 partidas nesta temporada — 22 vitórias, sete empates e só duas derrotas — o técnico lidera o Brasileiro, está nas oitavas da Libertadores e da Copa do Brasil, e agora encara o desafio internacional em solo americano.
Do ponto de vista tático, o Flamengo de Filipe mescla agressividade e sobriedade. A linha alta de marcação, o uso inteligente dos laterais e o domínio posicional no meio-campo refletem a escola europeia que o treinador vivenciou por anos. Mas há algo de raiz ali também — um "catinga de jogo" que os rubro-negros reconhecem. A transição rápida ofensiva e o controle emocional em decisões têm sido marcas da equipe. O sistema, embora sofisticado, não inibe o talento individual, o que permite a Bruno Henrique, De La Cruz e Arrascaeta continuarem sendo decisivos.
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O sucesso imediato chama atenção até fora das quatro linhas. Filipe Luís, conhecido por sua discrição e método, agora é tratado como "el técnico del futuro" por parte da imprensa estrangeira. Não é todo dia que um nome formado nas divisões de base do Figueirense e forjado na lateral esquerda do mundo volta ao protagonismo com tamanha autoridade — e com sotaque carioca. Para o torcedor nordestino que acompanhou a trajetória dele desde os tempos do Chelsea ou Atlético de Madrid, ver Filipe encantando a crônica esportiva europeia é, no mínimo, um feito arretado.
No entanto, é preciso olhar com cautela e pé no chão. O futebol tem memória curta e calendário apertado. Filipe ainda enfrentará testes maiores — a começar pela própria pressão de comandar um gigante em contexto global. Mas se mantiver essa pegada firme, essa leitura aguda de jogo e o equilíbrio entre ousadia e disciplina, poderá consolidar-se como o grande técnico brasileiro da década. Por ora, o Flamengo respira confiança. E a Europa, ora vejam só, volta a admirar um treinador "nascido" no Ninho.
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