Fluminense encara Dortmund e busca manter escrita vitoriosa
Tricolor tem bom histórico contra alemães e confia em repetição
Em mais uma noite de gala do futebol mundial, o Fluminense entra em campo nesta terça-feira (17) no MetLife Stadium, nos Estados Unidos, para encarar o Borussia Dortmund pela Copa do Mundo de Clubes. O confronto inédito reacende uma tradição pouco comentada, mas significativa: o Tricolor das Laranjeiras leva vantagem histórica contra clubes alemães. São 18 duelos desde 1975, com 12 vitórias, um empate e apenas cinco derrotas. Diante de campeões europeus como o Bayern de Munique, o retrospecto é equilibrado. A mais simbólica dessas partidas foi em 1976, no Maracanã, quando Gerd Müller marcou contra e selou a vitória carioca.
Taticamente, o desafio agora é outro. O Borussia Dortmund chega com um modelo reativo, veloz nas transições e com jovens como Adeyemi e Moukoko desequilibrando pelos lados. Renato Gaúcho, técnico do Flu, aposta na posse de bola e na paciência ofensiva — virtudes que marcaram a conquista da Libertadores em 2023. Com Marcelo e Ganso veteranos e experientes, a expectativa é de um time que saiba sofrer sem abdicar do jogo apoiado. A coragem que Renato prometeu em coletiva precisará se traduzir em compactação defensiva e pressão no tempo certo.
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Se o histórico do clube inspira confiança, os ventos recentes exigem cautela. Os últimos três embates do Flu contra times da Alemanha terminaram em derrota, todos por placares elásticos, como os 4 a 1 sofridos para o Frankfurt. Mas o momento agora é diferente: há uma base consolidada, estrutura técnica madura e uma torcida que, mesmo distante fisicamente, empurra com a mesma fé de quem grita no Maracanã ou em Campo Grande. E como se diz por aqui, "quem já domou leão, não corre de raposa".
No papel, o Borussia é favorito. Mas o futebol, esse velho conhecido dos cronistas de rádio, adora uma reviravolta. Se o Fluminense repetir o espírito guerreiro da campanha continental e souber dosar ímpeto e estratégia, tem plenas condições de calar a arquibancada amarela. O duelo vale mais que vaga: é também uma disputa simbólica entre passado e presente. Que o Tricolor honre sua história com a mesma gana que encantou o Brasil em 2023.
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