Hulk Hogan, o rosto mais reconhecível da luta livre profissional nos anos 80 e 90, morreu nesta quinta-feira (24), aos 71 anos, após uma parada cardíaca em sua casa, na Flórida. A informação foi confirmada pelo site TMZ e rapidamente ecoou entre fãs e colegas de ringue. Hogan havia passado por uma cirurgia no pescoço semanas antes e vinha em recuperação, segundo a esposa. Astro da WWE e figura central da "Hulkmania", Hogan marcou gerações ao transformar o pro wrestling em espetáculo pop mundial.

Do ponto de vista esportivo e midiático, Hogan foi divisor de águas. Sua combinação de carisma performático, porte físico e narrativa heróica moldou o pro wrestling moderno. Não era um virtuose técnico no ringue — nunca foi —, mas sabia vencer pelo show, como um mestre de mic e presença. Em duelos contra Randy Savage e André, o Gigante, criou não apenas combates, mas eventos. Wrestlemania III, em 1987, foi o apogeu desse fenômeno, com mais de 90 mil pessoas em Pontiac, Michigan, paradas para ver seu "leg drop" derradeiro.

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Mas nem todo herói veste capa o tempo inteiro. Fora dos holofotes, Hogan teve trajetória conturbada. Escândalos, declarações racistas e disputas judiciais mancharam parte do seu legado. Ainda assim, em 2025, seu nome permanece como sinônimo do wrestling televisivo globalizado. Uma figura que, goste-se ou não, redefiniu fronteiras entre luta, entretenimento e mercado. Um personagem que, no ringue ou no tribunal, nunca passou despercebido.

Do ponto de vista de quem viu luta livre virar febre em rádio AM, como eu vi nas manhãs de Salvador, Hogan era o "bicho-papão" das multidões e o herói de um tempo em que tudo era maior — até o exagero. Sua morte encerra um capítulo do esporte espetáculo que nem sempre foi elegante, mas sempre foi inesquecível. E como diziam por aqui, quando um gigante cai, até a lona sente.