O governador Jerônimo Rodrigues autorizou, nesta quinta-feira (27), a celebração de um convênio para a construção do Hospital Baiano de Oncologia, em Feira de Santana. O acordo foi firmado entre a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) e a Santa Casa de Misericórdia do município, com o apoio de empresários e do governo municipal, para ampliar o atendimento oncológico na região.

O ato aconteceu no terreno onde a unidade será implantada, na Rua Carlos Valadares, no bairro Queimadinha. O novo hospital contará com investimento de R$ 91 milhões na primeira etapa, que, inicialmente, será entregue 90 leitos. No entanto, até o final da sua implantação a unidade terá um total de 224 leitos, sendo 204 de internamento clínico e 20 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Além disso, haverá um centro cirúrgico moderno com seis salas de procedimentos, incluindo cirurgias robóticas; pronto-socorro com 12 leitos; 20 poltronas de observação; sala vermelha; três consultórios médicos e um centro de diagnóstico por imagem, com ressonância magnética, tomografia, PET-CT, densitometria óssea, raio-x e ultrassom.

Em coletiva de imprensa, o governador Jerônimo Rodrigues exaltou o papel da Missão Brasília 2025, composta por empresários e lideranças políticas de Feira de Santana, para que o projeto fosse alavancado junto com a captação de verbas junto ao Governo Federal.

"Essa agenda de hoje estamos dedicando à nossa luta, a campanha de enfrentamento no Brasil e na Bahia. Aqui tem uma participação muito especial de um grupo de empresários que foi a Brasília, pois a Santa Casa vem reivindicando essa parceria. As nossas marchas não são à toa, dali vem a pressão do governo do estado, da bancada federal, o deputado Zé Neto colocou emendas, o sargento Isidório também, e o município se colocou à disposição, por meio do secretário Rodrigo Matos", afirmou.

Ele declarou que após a inauguração da primeira etapa do HBO, o governo do estado irá trabalhar para ampliar as parcerias com o Ministério da Saúde e setores empresariais.

"Estamos vendo com o Ministério da Saúde se a gente já consegue fazer ele todo. Porque aqui é apenas uma etapa. E estamos garantindo também uma parceria com o setor empresarial, pois os empresários vão poder adotar leitos. Os municípios vão colaborar com recursos, pois a Santa Casa atende a toda a região. E o prefeito José Ronaldo pediu para não tirar do corredor sem ser atendido. Estamos vamos colocar aqui um hospital da ponta, é o primeiro deste porte no interior da Bahia. Feira de Santana e a região merecem e saem na frente. Aqui não tem partido nem oposição, essa é uma agenda para cuidar principalmente das pessoas que são mais pobres, porque tem plano de saúde ou dinheiro pode pagar o tratamento, e é uma medicação cara", salientou.

O secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Mozart Sales, que veio a Feira representando o Ministro Alexandre Padilha, reforçou que o governo federal segue à disposição para ampliar o atendimento oncológico no município.

"Vamos continuar fazendo investimentos, junto com o governo da Bahia, a bancada e a própria Santa Casa. Já foi feito uma aquisição importante de um acelerador linear novo, um aparelho de radioterapia que custa entre R$ 10 e 12 milhões, que deverá chegar até o final do primeiro semestre de 2026 para ampliar o atendimento, e vamos acelerar as obras para fazer com que o conjunto completo termine antes. A perspectiva é de uma expansão de 224 leitos que vai deixar Feira de Santana e toda essa região completamente autônoma em relação a Salvador do ponto de vista do tratamento do câncer, e essa descentralização é fundamental, pois a Bahia é um estado muito grande e populoso. Isso tudo está sendo possível graças ao Programa Agora Tem Especialistas, do governo do presidente Lula e o Ministro Padilha, em uma decisão importante para fazer com diminua o tempo de espera, as filas andem mais rápido e a gestão seja melhor, com as pessoas sendo atendidas perto de casa."

A secretária de saúde do estado, Roberta Santana, que a implantação do Hospital Baiano de Oncologia faz parte dos esforços dos governos do estado e federal para trazer tecnologia para a Bahia, uma vez que está concentrada no sul e sudeste do país.

"Quem trabalha com oncologia sabe que toda parte de medicamento vem de fora. (3:58) E, agora, a gente vai produzir aqui e poder oportunizar aos nossos pacientes. O governo implantou 26 policlínicas e tem oito em construção na Bahia, em parceria com o governo federal. E nós descentralizamos a alta complexidade de Salvador. Hoje a gente tem oncologia no oeste da Bahia, em Juazeiro, em Vitória da Conquista. A gente garante à população, hoje, reduzir distância para tratar, e precisamos fazer muito mais", enfatizou.