Menina batizada Chelsea torce pelo Fluminense contra o Chelsea

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Menina batizada Chelsea torce pelo Fluminense contra o Chelsea

Paixão de pai vira nome e une clubes no coração da filha 

📷 Reprodução: X (Twitter) - larissaramosbze

O duelo entre Fluminense e Chelsea nesta terça, válido pela semifinal da Copa do Mundo de Clubes da FIFA, ganhou contornos ainda mais afetivos com a história de Chelsea Fernandes Junqueira Mota, uma torcedora mineira de 10 anos cujo nome é homenagem ao clube inglês. A paixão foi herança direta do pai, Pedro, tricolor de alma e coração, que viveu na Inglaterra nos anos 1990 e viu no batismo uma forma curiosa — e registrada em cartório — de eternizar a admiração pelos dois clubes. Ao lado da irmã gêmea Stella, batizada por conta da cerveja favorita dos pais, Chelsea carrega uma história que resume bem o que o futebol tem de mais bonito: afetividade, memória e conexão geracional.

Taticamente, o confronto não opõe apenas dois estilos de jogo, mas duas culturas futebolísticas refletidas também na rotina dessa família mineira. De um lado, o Fluminense de posse e triangulações, conduzido por Renato Gaúcho em sua fase mais pragmática do ano. Do outro, o Chelsea físico e vertical, que chega à semifinal com campanha sólida. Curiosamente, na casa dos Mota, não há dilema tático nem emocional: apesar do nome gringo, Chelsea, a menina, já declarou com firmeza que torce pelo Flu — com um sorriso de quem sabe que o amor ao time do pai é mais forte que qualquer coincidência nominal.

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O simbolismo do embate vai além do gramado de Nova Jersey. A história dessa torcedora ecoa a mesma Laranjeiras de 1929 que um dia viu o Chelsea jogar no Brasil. É como se o tempo desse voltas em círculos, conectando um passado de excursões em navio a um presente onde os filhos carregam os nomes dos clubes que os pais aprenderam a amar. O futebol brasileiro, esse que vive das esquinas do bairro e dos sons da transmissão no rádio, reencontra em 2025 seus laços mais humanos — e é no Sul de Minas que esse elo ganha voz.

A partida desta terça não vai apenas definir um finalista do Mundial, mas fortalecer legados. Se o Fluminense vencer, como deseja a jovem Chelsea, será mais que uma vitória em campo: será a consagração de uma paixão transmitida com afeto, com camisa, com história. E se der Chelsea, o clube, que seja também motivo de orgulho para quem leva esse nome com carinho — como quem carrega um brasão no peito e outro na certidão. Afinal, no futebol, o amor vem antes da lógica. E isso, meu amigo, nem o VAR contesta. 

 

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Sábado, 12 Julho 2025

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