No dia 16 de maio de 1925 nascia Nilton Santos, um dos maiores nomes da história do futebol mundial. No centenário de seu nascimento, o eterno lateral-esquerdo é reverenciado por botafoguenses, brasileiros e apaixonados pelo esporte em todo o planeta. A "Enciclopédia do Futebol", como foi batizado pelo radialista Waldir Amaral, permanece viva na memória do torcedor por sua classe, inteligência e lealdade aos princípios do jogo.

Campeão do mundo em 1958 e 1962, Nilton Santos jogou 723 partidas com a camisa do Botafogo, número que até hoje ninguém superou. Com quatro títulos cariocas e dois Rio-São Paulo, também se eternizou como um dos primeiros laterais a atacar com a naturalidade de um ponta, ajudando a moldar o futebol moderno. Em 1958, ousou invadir o campo adversário, driblar zagueiros e marcar contra a Áustria, num lance que virou aula de tática improvisada.

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O lateral da Ilha do Governador virou estátua no Engenhão — hoje Estádio Olímpico Nilton Santos — e desfilou na avenida como enredo da Vila Isabel. Foi amigo de Garrincha, de Armando Nogueira e de todos os que viam no futebol mais que resultado: viam arte. Dizia que era "amigo de infância de todas as bolas do mundo" e assinava contrato em branco, tamanho o amor ao Botafogo. Simples, gigante e eterno.

Eterno também é seu impacto: em tempos de esquecimento fácil e glórias instantâneas, Nilton permanece como símbolo raro de memória bem cuidada no futebol brasileiro. Um herói sem vaidade, um craque que não precisou de holofotes para ser estrela. No centenário de Nilton Santos, é preciso fazer mais do que lembrar: é preciso aprender com sua grandeza silenciosa. 

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