Novo presidente da CBF é escolha sem explicação
Samir Xaud assume entidade sem histórico relevante no futebol nacional
A Confederação Brasileira de Futebol, mais uma vez, vira palco de surpresa — ou espanto. No apagar das luzes de uma gestão marcada por polêmicas e incertezas, surge Samir Xaud como novo presidente da CBF. Presidente da federação de Roraima, herdeiro do trono ocupado por seu pai durante quase meio século, Xaud chega sem histórico de peso, sem grandes feitos, sem trajetória nacional que justifique tamanha ascensão. É o tipo de escolha que deixa mais perguntas do que respostas.
Enquanto o futebol brasileiro pulsa com calendários abarrotados — Brasileirão, Libertadores, Sul-Americana, Copa do Brasil — a elite da cartolagem parece seguir desconectada do campo. A estrutura segue combalida por decisões questionáveis. A arbitragem falha, os gramados são irregulares, os clubes lutam contra dívidas e ainda há quem prefira apostar em dirigentes obscuros a buscar renovação transparente. É como insistir num drible curto em campo minado.
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Dentro das quatro linhas, o Palmeiras dá aula de planejamento e elenco. Vence fora, doma em casa e sabe alternar as peças com inteligência. Cruzeiro e Atlético-MG travaram mais um clássico tático, com pressão, pouca inspiração e um 0 a 0 justo. Já o Flamengo, mesmo com posse e controle, tem dificuldade em transformar superioridade em gols — o velho problema da falta de repertório ofensivo.
No mais, o futebol nacional continua refém do individualismo. Muitos dribles, pouca construção coletiva. Em tempos de apostas esportivas e cifras milionárias, os clubes gastam como se não houvesse amanhã. E, nesse cenário, a escolha do novo presidente da CBF parece apenas mais um capítulo de um enredo onde o poder fala mais alto que o mérito.
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