Palmeiras avança e Botafogo sai rico e escaldado
Paulinho brilha no sacrifício e provoca ferida alvinegra
A Copa do Mundo de Clubes 2025 segue seu curso com a marca registrada dos mata-matas: glória de um lado, amargura do outro. Neste sábado, na Filadélfia, o Palmeiras eliminou o Botafogo por 1 a 0, gol solitário de Paulinho na prorrogação. O Verdão garantiu vaga nas quartas e deixou o rival carioca com o bolso cheio — R$ 146,3 milhões em premiação — mas com o coração vazio. Como se não bastasse o sabor amargo da queda, o Palmeiras ainda apimentou o pós-jogo com uma cutucada nas redes sociais, ironizando a precoce despedida do Alvinegro com a frase que já correu o mundo: "O assunto é passear na Disney?".
A estratégia palmeirense foi de precisão cirúrgica. Abel Ferreira desenhou o duelo com o controle de quem sabe o que quer: guardar Paulinho para o momento decisivo, explorar o flanco esquerdo e acelerar a transição quando o Botafogo baixasse as linhas. O plano funcionou com o encaixe de um relógio suíço. Paulinho, que só podia atuar por cerca de 30 minutos, entrou na hora certa, furou a defesa alvinegra e garantiu a vitória. O Botafogo, mesmo com postura competitiva, foi engolido nos detalhes, incapaz de neutralizar o ajuste palmeirense no lado oposto da pressão inicial.
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A eliminação do Botafogo reforça um roteiro que o torcedor brasileiro conhece bem. O clube carioca, que vinha de vitórias históricas sobre Seattle Sounders e PSG, despede-se do torneio repetindo velhos tropeços em momentos decisivos. No meio do caminho, porém, leva um prêmio milionário que pode oxigenar suas finanças, se bem administrado. Como se diz nas esquinas de Feira de Santana, é bom ter dinheiro no cofre, mas é ruim sair da festa com o troféu nas mãos dos outros. O futebol da Bahia, acostumado a valorizar a coragem e o suor, reconhece o esforço do Botafogo, mas não perdoa a reincidência da queda antes da hora.
O Palmeiras, por sua vez, carrega méritos e dúvidas para o que vem pela frente. A ausência de Gustavo Gómez e Piquerez exigirá, como diria um baiano de fala mansa, um "arroz com feijão bem temperado" no sistema defensivo. A grande questão é a dependência exagerada de momentos individuais como os de Paulinho, que, ironicamente, terá de passar por nova cirurgia após o Mundial. Estrela ele tem, mas estrelas também se apagam. O Verdão precisa amadurecer a gestão das partidas para não viver sempre no fio da navalha. Porque um dia, pode faltar quem resolva. E aí, nem Disney, nem cofre cheio — só a conta amarga da eliminação.
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