Palmeiras esbarra no Porto e tropeça na estreia mundial
Goleiro reserva segura ataque e frustra favoritismo alviverde
Num MetLife Stadium tingido de verde e com a torcida do Palmeiras fazendo valer sua fama de apaixonada, o time comandado por Abel Ferreira empatou sem gols com o Porto na estreia da Copa do Mundo de Clubes da FIFA. A partida, realizada neste domingo (15), deixou o Grupo A embolado, já que Al Ahly e Inter Miami também empataram. Com boas chances criadas no primeiro tempo e brilho individual de Estevão, eleito o melhor da partida, o Verdão parou em defesas espetaculares do goleiro reserva Cláudio Ramos, que saiu como herói improvável da noite.
Tecnicamente, o Palmeiras começou com mais volume, controlando o meio-campo e acelerando pelos lados. A pressão inicial rendeu três chances claras antes do intervalo, incluindo uma blitz nos acréscimos que testou os reflexos de Ramos e a linha de fundo portuguesa. No segundo tempo, a equipe oscilou após substituições forçadas, perdendo intensidade. A entrada de Veiga não surtiu o efeito desejado e Estevão, até então destaque, acabou substituído num momento em que ainda podia desequilibrar. O time português, por sua vez, apostou na solidez defensiva e viu no empate um bom negócio diante da desconfiança que ronda a temporada do clube.
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A torcida alviverde, que transformou até a Times Square em palco verde, deu show nas arquibancadas — algo que, aliás, rendeu elogios até da imprensa portuguesa. O contraste entre a vibração da torcida e a frustração pelo empate reacende um velho fantasma: a dificuldade dos clubes brasileiros em furar retrancas europeias em torneios intercontinentais. Historicamente, o Palmeiras já bateu na trave em edições anteriores, e o filme parece querer se repetir — não por falta de elenco, mas por uma repetida limitação de adaptação ao jogo internacional mais cadenciado e pragmático.
Se quiser avançar com autoridade, o Verdão terá que se reinventar já na próxima rodada contra o Inter Miami. O time americano, que conta com a aura midiática de Messi, será adversário mais exposto, o que pode favorecer o jogo ofensivo palmeirense. Mas o alerta está dado. Em torneio curto e nivelado, tropeços iniciais cobram caro. A qualidade está no elenco, mas o Palmeiras precisará mais do que talento: vai precisar de frieza, leitura tática e, sobretudo, humildade para não tropeçar na própria empáfia. Porque Mundial não se ganha com camisa, se ganha com entrega nos detalhes.
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