Messi faz dois gols em despedida com vitória sobre a Venezuela
Craque argentino chora no hino e decide jogo com atuação magistral
Foi um Monumental tomado de lágrimas e cânticos. Na noite desta quinta-feira em Buenos Aires, a Argentina venceu a Venezuela por 3 a 0 e confirmou a liderança das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. O enredo, no entanto, foi muito maior do que o placar: Lionel Messi, em jogo que pode ter sido sua última aparição oficial em casa pela seleção, emocionou-se ainda no aquecimento, marcou dois gols e transformou o estádio em palco de celebração e despedida. Lautaro Martínez completou o marcador, mas os olhos do continente estavam voltados para o camisa 10.
A partida foi dominada do início ao fim pela equipe de Lionel Scaloni, que encontrou em Messi não apenas o cérebro criativo, mas também o finalizador clínico. A Venezuela resistiu pouco, sufocada pela posse esmagadora dos donos da casa — 73% — e incapaz de conter as triangulações rápidas que têm caracterizado a atual campeã do mundo. O técnico arriscou e deu minutos ao jovem Mastantuono como titular, mas foi a velha genialidade de Messi que ditou o ritmo. O primeiro gol, um toque preciso por cobertura, teve o requinte da raridade; o segundo, finalização serena após jogada coletiva, exibiu o pragmatismo de quem nunca se cansa de decidir.
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O resultado mantém a Argentina isolada na ponta da tabela, com 38 pontos, sem ameaças de aproximação. A classificação estava assegurada desde rodadas anteriores, mas a vitória confirma a manutenção de um ciclo de alto rendimento, em contraste com rivais tradicionais que ainda oscilam na competição. Para a Venezuela, a derrota significa o fim de qualquer expectativa de surpreender na reta final. Para o futebol mundial, o duelo pode entrar na galeria das últimas exibições de Messi em território argentino, antes do Mundial dos Estados Unidos, Canadá e México em 2026.
A noite foi uma síntese da trajetória do craque: emoção, técnica e uma capacidade quase cruel de definir jogos importantes. Ainda que a palavra "despedida" tenha sido tratada com cautela, o choro antes do hino e o olhar prolongado às arquibancadas não deixam margem a dúvidas sobre o peso simbólico da partida. Messi parece ter compreendido que sua relação com a seleção argentina chegou ao ponto máximo: ele já não precisa provar nada. Se seguir até 2026, será como mito em atividade; se parar antes, terá encerrado o ciclo no Monumental de Núñez com a assinatura mais autêntica possível, dois gols e a torcida inteira aos seus pés.
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