O Flamengo vive uma fase agitada em 2025, e o caso Pedro é a bola da vez. No duelo da 16ª rodada do Brasileirão contra o Red Bull Bragantino, o camisa 9, que voltou ao time titular após polêmica com a diretoria e o técnico Filipe Luís, percorreu mais de 10 km em campo, atingindo velocidade máxima próxima de 30 km/h. Segundo os dados de GPS vazados, ele também realizou quase 60 acelerações e desacelerações acima da média, números que indicam grande envolvimento físico durante os 88 minutos em que atuou. O Flamengo optou por não comentar o vazamento dessas informações.

Técnicos e preparadores físicos avaliam que, embora os números brutos do desempenho de Pedro sejam até bons para sua função, é fundamental entender como seu corpo responde ao esforço intenso. A aceleração e desaceleração indicam o impacto muscular das ações rápidas, que podem desgastar o atleta se não houver controle. Em campo, a preocupação é equilibrar esse volume de trabalho com a eficiência, pois esforço físico sem resultados efetivos pode ser tão danoso quanto a preguiça. Para um centroavante, intensidade precisa vir acompanhada de objetividade e finalização.

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No entanto, o cenário que se desenha não é simples. Pedro enfrenta uma desconfiança que vai além dos números, alimentada por episódios internos e cobranças da torcida. Mesmo com índices físicos altos, a pergunta que fica é se o jogador conseguiu traduzir esse esforço em impacto decisivo no jogo, algo que o Flamengo, que não pode se dar ao luxo de escorregar em 2025, exige com rigor. No fundo, é aquela velha história: não basta suar o bigode, é preciso fazer o suor valer.

Para os próximos jogos, a comissão técnica terá de manejar com cuidado a carga física do atacante, monitorando seu rendimento sem perder o foco no resultado prático. A pressão para que Pedro seja protagonista é alta, e o Flamengo precisa dessa resposta urgente para não amargar um ano em que o calendário nacional e internacional promete ser bastante exigente, ainda mais diante da expectativa crescente do torcedor — que não costuma aceitar desculpas, especialmente na Baía do Esporte que acompanhamos há tanto tempo.