Prefeitura libera terreno e Flamengo decide futuro do estádio

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Prefeitura libera terreno e Flamengo decide futuro do estádio

Clube tem a posse e apoio político mas evita bater o martelo 

📷 Reprodução: X (Twitter) - futebol_info

A novela do estádio próprio do Flamengo ganhou novo capítulo nesta segunda (21), com o prefeito Eduardo Paes confirmando que a Prefeitura do Rio assumirá a retirada dos dutos localizados no terreno do Gasômetro, passo essencial para viabilizar a obra. Em declarações públicas, Paes reafirmou que a área já pertence ao clube — que pagou pelo espaço — e que, a partir de agora, cabe à diretoria decidir se vai ou não construir. O investimento para a remoção da estrutura da Naturgy está estimado em cerca de R$ 100 milhões, valor que reforça o peso estratégico da escolha.

A fala do prefeito desmonta qualquer entrave político ou burocrático. Com os estudos geotécnicos e ambientais em andamento, a Arena Events + Venues lidera a análise técnica do solo, que passa por investigação de contaminação, avaliação de risco e projeção de custos de fundação. Enquanto isso, o silêncio da diretoria rubro-negra ecoa com mais força do que qualquer anúncio. Em 2025, ano de calendário intenso e janela de contratações movimentada, o projeto do estádio avança nos bastidores, mas ainda não saiu do papel — nem da prudência.

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Não há dúvidas sobre a importância simbólica e patrimonial de um estádio próprio para o Flamengo. Mas também não há como ignorar os desafios financeiros, políticos e até emocionais da empreitada. O clube, que arrecada como poucos, ainda prefere operar no conforto das parcerias e do Maracanã, mesmo sob constante desgaste judicial. Ao evitar uma posição pública sobre o Gasômetro, a diretoria adia um debate que, mais cedo ou mais tarde, vai bater à porta do Ninho. E a torcida, que sempre canta alto, começa a cobrar o compromisso assumido.

A verdade é que o Flamengo tem nas mãos uma chance rara: construir um legado físico à altura da sua história recente. O terreno está liberado, o apoio institucional existe e o momento, embora complexo, é propício. Se vai fincar estaca ou seguir no compasso da espera, só os dirigentes sabem — ou fingem não saber. Mas como se diz por aqui, quem tem o chão não pode temer a enxada. E quem tem o Gasômetro, não pode virar fumaça. 

 

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Quarta, 23 Julho 2025

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