PSG atropela Atlético em jogo sob calor desumano
Llorente sofre na lateral e clima vira tema central
O Paris Saint-Germain não tomou conhecimento do Atlético de Madrid e aplicou um impiedoso 4 a 0 no Rose Bowl, em Los Angeles, na abertura do Grupo B da Copa do Mundo de Clubes 2025. O placar, que por si só já escancara a superioridade francesa, ganhou um ingrediente a mais: o calor escaldante, que passou dos 30 graus e afetou drasticamente o desempenho dos espanhóis. Marcos Llorente, que atuou na ala direita, foi engolido por Kvaratskhelia e Nuno Mendes e desabafou: "Meus dedos dos pés doíam. Até as unhas!". A frase viralizou nas redes — e no vestiário, virou símbolo da frustração colchonera.
Do ponto de vista técnico, o PSG foi cirúrgico. Controlou o ritmo com inteligência e soube explorar a lentidão do adversário nas coberturas defensivas. Luis Enrique montou uma equipe que, mesmo sob o bafo quente de Los Angeles, manteve o volume de jogo. Kvaratskhelia, com liberdade entrelinhas, fez o que quis. O Atlético, por outro lado, sentiu demais a intensidade do jogo diurno, sem conseguir reagir à pressão alta. Nem mesmo a experiência de Koke e Morata serviu de esteio diante do domínio adversário. Foi um baile — desses que doem mais no orgulho do que nas estatísticas.
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Esse tipo de clima não é novidade para quem acompanha futebol no Nordeste, onde o sol "racha quengo" em plena quarta-feira de estadual. Mas é raro ver atletas europeus sucumbirem dessa forma — e tão rapidamente. A FIFA, que definiu os horários pensando no mercado europeu, provocou desconforto até no técnico vencedor. "Não se joga futebol em alto nível ao meio-dia desse jeito", reclamou Luis Enrique. A declaração põe a entidade sob holofotes novamente, num debate antigo: calendário e condições de jogo que desrespeitam o atleta.
O resultado escancara não apenas a força técnica do PSG, mas também o despreparo do Atlético diante de um cenário climático hostil. Para seguir vivo, o time de Simeone vai precisar se reinventar — e se adaptar rápido. Já a FIFA, que no papel organiza, mas na prática fatura, precisa rever prioridades. O futebol é universal, mas os corpos que o jogam têm limites. Que o calor da Califórnia não queime a credibilidade do torneio. Porque nem todo craque sabe driblar o sol.
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