Racismo na Ressacada expõe falhas do futebol brasileiro

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Racismo na Ressacada expõe falhas do futebol brasileiro

Imagens reacendem debate sobre punições e protocolos ineficazes 

📷 Reprodução: Redes Sociais

O episódio registrado na Ressacada durante Avaí e Remo pela Série B expôs, mais uma vez, a persistência de práticas racistas e xenofóbicas nos estádios brasileiros. Um vídeo que circulou nas redes sociais mostra uma torcedora do Avaí proferindo insultos sobre a cor da pele e a origem dos paraenses presentes no setor visitante. A cena ocorreu diante de outros torcedores e sem acionamento do protocolo antirracista previsto em súmula, o que reforçou a gravidade do caso e motivou a rápida atuação do Ministério Público de Santa Catarina com abertura de procedimento e solicitação de apoio policial e institucional.

A repercussão forçou respostas imediatas dos clubes. O Avaí classificou o fato como inaceitável, iniciou processo de identificação da torcedora e comunicou que ela será impedida de frequentar eventos do clube por tempo indeterminado. O Remo lamentou publicamente o ocorrido, cobrou responsabilização e tratou o episódio como manifestação clara de intolerância. No campo esportivo, o Avaí venceu por 3 a 1 e encerrou série invicta do Remo, resultado que embaralha a luta pelo acesso e recoloca o clube catarinense na disputa direta.

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As consequências vão além da classificação. O MP buscará responsabilizar criminalmente os envolvidos, e o episódio tende a pressionar a CBF e os próprios clubes a reverem protocolos que, muitas vezes, emperram na prática. A ausência de registro arbitral sobre eventual acionamento da medida prevista pela Fifa implica lacuna operacional relevante. O debate sobre punições mais céleres deve ganhar força, já que a Série B se aproxima da reta final com estádios lotados e tensão esportiva crescente.

A crítica inevitável recai sobre a recorrência de casos semelhantes e sobre a incapacidade estrutural do futebol brasileiro de transformar protocolos em ações eficazes. O vídeo expõe mais do que uma agressão isolada. Ele mostra a urgência de um ambiente esportivo que deixe de normalizar a barbárie e avance para mecanismos que eduquem, coíbam e punam com rigor. Sem essa virada cultural e institucional, o jogo seguirá convivendo com o que deveria ser inaceitável.

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Terça, 18 Novembro 2025

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