Renato Augusto encerra carreira sem troféu de despedida e projeta futuro
Ex-meia campeão olímpico admite limitações físicas e já avalia funções fora
Aos 37 anos, Renato Augusto anunciou oficialmente sua aposentadoria como jogador profissional, encerrando uma trajetória de 31 anos ligados ao futebol, desde as categorias de base até os grandes palcos. O meia, que brilhou por Flamengo, Corinthians, Fluminense e pela seleção brasileira, despediu-se quatro meses após rescindir contrato com o clube das Laranjeiras. O anúncio, feito em entrevista, não foi carregado de nostalgia apenas: ele deixou claro que já pensa na próxima etapa, seja em comissões técnicas, seja na gestão esportiva.
O balanço da carreira revela um meio-campista que se destacou pela inteligência tática e capacidade de controlar ritmos de jogo. Embora não tenha sido um artilheiro nato, Renato tornou-se referência em organização e em decisões de alto impacto, como no ouro olímpico de 2016. Sua passagem pelo futebol europeu, no Bayer Leverkusen, e pela liga chinesa, onde admitiu viver o auge físico, complementam um currículo de conquistas e resiliência. Nos últimos anos, porém, as limitações físicas reduziram seu protagonismo, transformando-o em peça complementar em elencos competitivos.
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A saída dos gramados reabre um debate recorrente no futebol brasileiro: a escassez de meio-campistas com perfil de articulação, capazes de pensar o jogo sob pressão. Ao mesmo tempo, a aposentadoria de Renato Augusto sinaliza uma tendência entre veteranos de buscar rápida inserção em cargos de comando, o que pode enriquecer a estrutura de clubes nacionais. Seu interesse em licenças de treinador e estágios administrativos aponta para uma transição planejada, em sintonia com práticas já consolidadas no futebol europeu.
Do ponto de vista crítico, Renato Augusto encerra a carreira sem o desfecho consagrador que por vezes se imagina para jogadores de sua dimensão. A ausência de um título de impacto em sua última temporada e o desgaste físico evidente contrastam com a lembrança de seus melhores dias. Ainda assim, o saldo é positivo: trata-se de um atleta que combinou técnica refinada, leitura acima da média e caráter competitivo. No futebol de 2025, em crise de referências criativas, sua despedida é também um alerta sobre o vácuo que se abre no coração do jogo brasileiro.
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