Ronaldo defende SAF e oferece investir no Corinthians
Fenômeno aponta dívida insustentável e sugere modelo com controle externo
Ronaldo Nazário, ídolo corinthiano e empresário consolidado no futebol, declarou nesta terça-feira (24) que a transformação em Sociedade Anônima do Futebol (SAF) é, na sua visão, a única rota de salvação para o Corinthians. Com o clube afundado em dívidas e em meio a uma crise institucional — agravada pelo afastamento do presidente Augusto Melo — o Fenômeno não poupou palavras: "É muita bagunça, muita dívida." A declaração foi dada no podcast "Denilsonshow" e ganhou eco imediato entre torcedores e conselheiros.
Na perspectiva estratégica, Ronaldo não apenas apontou o problema, como ofereceu uma solução. O ex-jogador demonstrou interesse real em investir no clube caso a SAF seja aprovada, ressaltando que um modelo híbrido — com parte do controle preservado para a associação — poderia ser o caminho mais equilibrado. O Fenômeno tem histórico recente na gestão esportiva: foi acionista do Cruzeiro e comandou o Valladolid, na Espanha. Sabe-se que administrar futebol não é como "vender farinha no Mercado Modelo" — exige profissionalismo rigoroso e capital forte, e Ronaldo parece disposto a trazer os dois.
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Para o futebol paulista e brasileiro, a possível SAF do Corinthians seria um divisor de águas. Até aqui, clubes como Cruzeiro, Vasco e Botafogo abriram as porteiras, mas o Timão sempre relutou, empacado numa resistência quase orgulhosa. O modelo atual, que já demonstrou fadiga em várias gestões, ameaça arrastar o clube para um abismo financeiro. Olhando daqui, com os pés fincados na Bahia e a experiência de quem já viu muita maré virar, essa transformação mexeria com o eixo nacional, abrindo ainda mais espaço para que outros gigantes regionais repensem suas estruturas.
É chegada a hora de o Corinthians decidir se vai remar contra a corrente ou se vai, enfim, assumir a embarcação moderna. O alerta de Ronaldo é mais que uma opinião: é um diagnóstico de quem já atravessou mares revoltos no futebol-empresa. O desafio, agora, é superar o orgulho institucional e evitar que o clube se perca como canoa furada em águas profundas. A SAF não é uma fórmula mágica, mas, diante do cenário atual, seguir no modelo associativo pode ser o caminho mais curto para um naufrágio anunciado.
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