O São Paulo vive um momento de decisão crucial em 2025. Depois de uma série de resultados abaixo da expectativa — com três derrotas seguidas no Campeonato Brasileiro, incluindo a recente goleada por 3 a 1 para o Vasco no Morumbi —, o técnico Luis Zubeldía pediu demissão na manhã desta segunda-feira. Contratado em abril de 2024, o argentino comandou 74 jogos, com aproveitamento de 57,2%, mas não conseguiu evitar o desgaste com a torcida e a diretoria. O clube enfrenta ainda desafios no Brasileiro, onde amarga a 14ª colocação, e na Libertadores, que ainda oferece esperança, mas cobra evolução imediata.

Tecnicamente, Zubeldía pecou pela dificuldade em impor um estilo de jogo consistente diante das constantes lesões e oscilações do elenco. A equipe mostrou momentos de bom futebol, mas faltou regularidade e capacidade de adaptação tática. Com sete jogadores no departamento médico, o treinador não conseguiu encontrar soluções eficazes para reverter o quadro, e a falta de criatividade ofensiva foi um dos maiores calos. Nesse cenário, a busca por Hernán Crespo, que conhece bem a casa e já conquistou o Paulista de 2021, representa uma tentativa de resgatar um padrão de jogo mais ofensivo e organizado, combinando experiência e identificação com a camisa.

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Na Bahia, onde o futebol vive de paixão e história, o São Paulo serve de exemplo para muitos clubes que, como o Bahia ou o Vitória, também enfrentam crises técnicas e financeiras. A diretoria tricolor, como aqui se diz, "não pode cochilar", sob pena de ver o time naufragar entre os grandes. Historicamente, o clube paulista já se recuperou de momentos difíceis, e a mudança de comando técnico é um roteiro clássico no futebol. Contudo, é preciso cuidado para que a troca não seja apenas paliativa, pois aqui na terrinha já vimos técnicos entrarem e saírem sem deixar saudade nem resultado.

Para 2025, a expectativa é que o novo treinador chegue com autonomia e respaldo para reconstruir o elenco e dar um rumo claro ao projeto. A pressão é enorme, e o torcedor paulista não tem paciência para esperar. O maior desafio será não repetir erros do passado, quando decisões precipitadas levaram a um desmanche técnico e institucional. O São Paulo precisa de equilíbrio, planejamento e pulso firme, sem atalhos. Crespo, apesar do perfil jovem, terá que mostrar que aprendeu com a trajetória e transformar o Morumbi num caldeirão novamente — um desafio que, se não for encarado com seriedade, vai deixar muita gente falando até aqui no velho Nordeste.

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