O Vaticano viveu uma cena inusitada nesta quarta-feira (14), quando o papa Leão 14 recebeu o número um do mundo no tênis, Jannik Sinner. O encontro, marcado por bom humor e simbolismo, ganhou ainda mais destaque pelo histórico recente do italiano, que acaba de cumprir uma suspensão de três meses por doping. Ao entregar uma raquete ao pontífice, o "pecador" – como sugere seu sobrenome em inglês – arrancou sorrisos ao perguntar se poderia desafiá-lo em Wimbledon.

Com o carisma que vem cativando torcedores e também agora o Vaticano, Sinner mostrou estar disposto a reconstruir sua imagem fora das quadras. A visita ocorreu na antessala do auditório Paulo VI, onde o papa se encontraria com fiéis de países latinos e orientais. Brincalhão, Leão 14 recusou a proposta de "bater bola" no Vaticano, mas não escondeu o entusiasmo com o presente do italiano, um apaixonado declarado pelo esporte.

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A presença da família do tenista e do presidente da Federação Italiana de Tênis deu ainda mais peso ao encontro. O papa se mostrou curioso com as raízes germânicas de Sinner, que nasceu na fronteira com a Áustria, onde o alemão é predominante. A coincidência entre o conclave e o Aberto de Roma – torneio no qual Sinner está classificado às quartas – foi o empurrão final para que a visita acontecesse.

Do lado de fora, os irreverentes Carota Boys, grupo de torcedores que seguem o atleta vestidos de cenoura, marcaram presença. Não foram recebidos pelo papa, mas lançaram o convite para uma partida simbólica. Entre bênçãos e devoluções, o encontro mostrou que o tênis também tem seu lugar sagrado — e que o Vaticano, vez ou outra, pode virar quadra. 

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