Torcida invade CT do Santos e Neymar encara cobrança dura

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Torcida invade CT do Santos e Neymar encara cobrança dura

Protesto expõe crise técnica do time e fragilidade emocional do elenco 

📷 Reprodução: X - kpopfut

O Santos viveu nesta terça-feira mais um capítulo de turbulência. Após a goleada sofrida por 6 a 0 diante do Vasco, dezenas de torcedores invadiram o CT Rei Pelé, quebraram um dos portões de acesso e chegaram até a área de estacionamento. Neymar, principal estrela do elenco, precisou ouvir protestos diretos: sua reação emotiva no Morumbis, quando deixou o gramado em lágrimas, foi apontada como sinal de fraqueza em um momento em que a equipe ocupa posição delicada no Brasileirão. A Polícia Militar foi acionada, mas a cobrança se deu já diante dos atletas e da diretoria.

O episódio vai além do calor da arquibancada. Ele evidencia a desordem estrutural de um Santos que, em 2025, soma más escolhas estratégicas, elenco desequilibrado e falta de comando claro. Neymar, por mais genial que seja, não resolve por si só um sistema tático falho, marcado por fragilidade defensiva e ausência de um meio-campo articulador. As cobranças de "postura" feitas pela torcida, ainda que em tom agressivo, ecoam análises recorrentes: falta densidade competitiva, sobra improviso.

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As consequências já se projetam em campo e fora dele. Com campanha irregular e ambiente conflagrado, o Santos entra em rota de colisão com a própria história. O confronto contra o Bahia, na Fonte Nova, chega cercado de tensão e incerteza: técnico interino, torcida em ebulição e elenco pressionado. A insistência em retardar a contratação de um treinador definitivo amplia os riscos de a crise se aprofundar. No fundo, a invasão traduz uma realidade mais grave — o divórcio entre clube e comunidade que sempre o sustentou.

A crítica não deve poupar: diretoria e comissão técnica falharam em blindar jogadores e criar um projeto minimamente estável. A invasão não se justifica, mas tampouco se explica sem a sucessão de equívocos que a antecedeu. Ao chorar, Neymar mostrou humanidade; ao não reagir em campo, o Santos exibiu fraqueza. Não se pode varrer sujeira para debaixo do tapete esperando que a maré leve. A crise exige respostas institucionais, não apenas discursos conciliadores. 

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Sábado, 23 Agosto 2025

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