O duelo em Criciúma reuniu dois candidatos diretos ao acesso, com semelhanças até no uniforme e no mascote. Mas a igualdade simbólica parou por aí. O Criciúma foi superior do início ao fim e venceu o Novorizontino por 2 a 0, gols de Nicolas e Borasi, diante de um Heriberto Hülse lotado. O resultado levou o time catarinense a 36 pontos, agora no quarto lugar, ultrapassando justamente o rival, que estaciona na mesma pontuação, mas com saldo inferior.

O controle da partida passou pelo meio de campo. O Criciúma soube marcar alto, travando a saída do adversário e recuperando bolas em zonas estratégicas. O desenho de Umberto Louzer foi pragmático: linhas compactas, intensidade sem excessos e uma transição ofensiva rápida, aproveitando os flancos. O Novorizontino, por sua vez, sofreu para sustentar posse e não conseguiu infiltrar na área. Faltou criatividade, e sobrou previsibilidade, agravada pela expulsão de Fábio Matheus nos acréscimos.

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A consequência direta é o reposicionamento no tabuleiro da Série B. O Criciúma assume a última vaga do G-4 com autoridade, mostrando consistência em casa e eficiência em confrontos diretos. O Novorizontino, embora ainda competitivo, demonstra dificuldade em impor ritmo quando enfrenta rivais de mesmo nível. Num campeonato tão nivelado, essa fragilidade pode custar caro na reta final.

O recado é claro: o Criciúma parece ter entendido que acesso não se constrói apenas em boas exibições, mas em vitórias contra concorrentes diretos. O Novorizontino, ao contrário, precisa provar que tem estofo para resistir quando o adversário o força a sair da zona de conforto. Em 2025, a Série B segue impiedosa com quem não aprende rápido.

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