O velho Donald Trump resolveu, mais uma vez, misturar política, esporte e polêmica. Nesta terça-feira, 3 de junho, ele anunciou que pretende aplicar "multas em larga escala" contra o estado da Califórnia. O motivo? A participação de uma atleta trans de apenas 16 anos num campeonato estadual de atletismo, que terminou com a jovem levando duas medalhas de ouro e uma de prata pra casa.

Pelas redes sociais, Trump soltou o verbo. Disse que "um homem biológico venceu com folga nas finais femininas" e que o governador Gavin Newsom já está na mira, ciente das punições que, segundo ele, estão chegando. Essa ladainha não é novidade. Desde fevereiro, o presidente republicano assinou decreto que proíbe meninas e mulheres trans de competirem em eventos esportivos no país.

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O nome da atleta? AB Hernandez. Ela subiu ao pódio três vezes no torneio realizado no último sábado, na cidade de Clovis. As regras foram ajustadas em cima da hora, após pressão pesada — inclusive de Trump. No salto em altura, a jovem cravou 1,70m e dividiu o ouro com outras duas atletas, numa decisão da federação local que tentou, às pressas, acalmar os ânimos e driblar a confusão.

Mas a história não parou por aí. O Departamento de Justiça já abriu investigação para saber se a Califórnia feriu o Título IX, que garante igualdade de gênero em programas com verba federal. Enquanto isso, Trump segue ameaçando cortar dinheiro do estado e transformando a pista de atletismo num palanque político. O esporte, que deveria ser palco de superação e inclusão, virou alvo de guerra ideológica. 

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