Venezuelano acusa jogador do São Paulo por xenofobia
Confusão no Morumbis mancha vitória tricolor na Libertadores
O clima esquentou — e não foi só no placar. Durante a vitória do São Paulo por 2 a 1 sobre o Talleres, no Morumbis, um episódio lamentável roubou a cena. O lateral venezuelano Miguel Navarro acusou o volante paraguaio Damián Bobadilla de xenofobia, após ser chamado, segundo ele, de "venezuelano morto de fome" nos minutos finais da partida.
A cena foi forte e constrangedora. Navarro caiu no choro em campo, precisou ser amparado pelos colegas e até o árbitro chileno Piero Maza interrompeu o jogo para tentar acalmar os ânimos. Depois da partida, o jogador do Talleres foi às redes sociais e não poupou palavras: prometeu ir "até as últimas consequências" contra o que classificou como um ato vergonhoso de xenofobia em solo brasileiro.
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Enquanto isso, do lado do São Paulo, silêncio total. Nem Bobadilla, que tem 23 anos e carrega o sobrenome do ex-goleiro da seleção paraguaia, nem o próprio clube deram qualquer satisfação até agora. O técnico argentino Luis Zubeldía, meio perdido na coletiva, jogou para escanteio: "Desconheço a situação, estava longe demais pra ouvir".
O Talleres não ficou calado. Publicou nota repudiando veementemente o episódio e prometeu acionar todas as instâncias cabíveis. Mais um triste capítulo que mostra que, se dentro das quatro linhas a bola rola, fora dela ainda falta muito para o futebol ser realmente um espaço de respeito e inclusão. E olha que, ironicamente, estamos falando de uma Libertadores, torneio que deveria celebrar a união dos povos sul-americanos.
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