Quem acompanha o Bahia sabe que deixar para a última hora virou rotina — e não só um hábito, mas quase um estilo de vida. Na Libertadores de 2025, com o clube de volta ao torneio depois de 35 anos, o roteiro não mudou: o Tricolor perdeu a chance de garantir a vaga com antecedência e agora só depende do confronto direto contra o Internacional para avançar. Quem esperava facilidade, que segure a emoção, porque aqui não tem moleza nem perdão.

Mas nem só de aperto se vive o Bahia. A história recente do clube mostra que decisões no sufoco têm seu lado mágico. Seja para escapar do rebaixamento em 2012, brilhar no Baianão de 2019 com a goleada de Fernandão, ou garantir o acesso à Série A em 2022, o Tricolor sabe sofrer e sorrir na última rodada. É uma sina que testa nervos, mas às vezes compensa com festa e glória — não por acaso, o torcedor já está calejado.

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Claro, a moeda tem dois lados. Nas últimas temporadas, o Bahia também colecionou fiascos que custaram caro, como a queda para a Série B em 2021 e eliminações amargas. O time que parece sempre deixar tudo para o último instante também aprendeu que, quando vacila, a conta chega rápida e pesada. Agora, no Beira-Rio, diante do Inter, o Tricolor tem uma chance para provar que o final feliz ainda é possível nesta Libertadores.

A bola rola às 19h desta quarta-feira, e o Bahia não pode errar. É vencer ou morrer na praia. A inspiração não falta, mas a cobrança aumenta — afinal, quem acompanha de perto sabe que o passado ensina, mas não garante futuro. Vamos ver se o Tricolor, com a experiência dos veteranos e a fome dos jovens, consegue escrever mais um capítulo de raça e superação no futebol baiano. 

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