Vitória encara Cruzeiro e tenta quebrar jejum de 15 anos
Leão não vence a Raposa na elite desde o gol de Júnior
O Vitória volta a campo nesta quinta-feira, às 19h, no Barradão, com um incômodo a ser resolvido: são 15 anos sem vencer o Cruzeiro na Série A. O último triunfo rubro-negro sobre os mineiros na elite veio em 2010, com gol do veterano Júnior, o Diabo Loiro, em pleno Mineirão. De lá pra cá, o roteiro tem sido de sofrimento: oito derrotas e cinco empates em confrontos válidos pelo Brasileirão. No total, o Leão soma pífio aproveitamento de 20% nos últimos 20 jogos diante da Raposa, que hoje vive dias de bonança – vice-líder do campeonato, mirando o topo da tabela.
No campo tático, Thiago Carpini terá que remar contra a maré. Seu time é o 16º colocado e ainda busca identidade em meio a um elenco que oscila entre o esforço e a limitação técnica. A proposta defensiva armada pelo treinador, marcada por linhas baixas e transição rápida, tem encontrado resistência contra equipes de maior imposição territorial — como é o caso do Cruzeiro de Larcamón. É provável que o Vitória reforce o meio com um volante extra e aposte em contra-ataques puxados por Osvaldo e Iury Castilho, estratégia que, até aqui, tem mais deixado a desejar do que trazido resultados.
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Essa sequência negativa contra o Cruzeiro não é apenas estatística: é sintoma de um histórico recente que distancia o Vitória dos tempos em que fazia frente aos grandes fora da Bahia. Quem viveu os anos 90 lembra: o Leão era temido no Barradão, e a Raposa já deixou os anéis por aqui. Hoje, o torcedor rubro-negro vê no embate um retrato de sua luta por sobrevivência entre os grandes, enquanto o rival mineiro se reergueu com aporte financeiro e projeto esportivo mais claro. Em bom baianês, o Vitória anda "pisando em ovos" contra quem já foi freguês.
Se quiser algo mais que um ponto, o Vitória precisa fazer do Barradão sua trincheira. A torcida, que ainda acredita no poder do mando e no peso da camisa, cobra atitude e consistência — não só lampejos. Chega de respeitar demais o adversário. Em 2025, o Leão já mostrou que pode surpreender, mas precisa se livrar dos fantasmas que carrega em jogos como este. O Cruzeiro é favorito, sim. Mas o futebol — e o velho espírito de decisão baiano — não costumam pedir licença pra mudar o rumo das coisas.
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